Enxergando longe – Telescópios e lunetas
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
Enxergando longe – Telescópios e lunetas
Para o leigo é qualquer instrumento usado em astronomia, mas o termo se refere a um instrumento chamado refletor. Ele reflete a luz e por isso emprega um espelho côncavo, inclinado 45° em relação ao eixo óptico do instrumento. Quanto maior o diâmetro da objetiva, maior a sua capacidade de captação de luz. È muito difícil apontar o telescópio logo na direção exata, devendo-se usar primeiro a luneta.
O Astrolábio» Não foi apenas o fascínio visual que mobilizou civilizações inteiras a construírem enormes estruturas para acompanhar o movimento dos astros. A edificação do caracol dos maias foi por necessidade. O povo que soubesse associar o surgimento de uma estrela no horizonte com a chegada das cheias de um rio levavam nítida vantagem em relação aos inimigos. O movimento da caça, colheita, as rotas do deserto tudo estava nos céus. O astrolábio é órfão. Teria sido Apolônio (240 AC) ou Hiparco (150 AC) ou ainda o próprio Ptolomeu (127 DC) o pai do invento, mas há fortes indícios de que os gregos herdaram a idéia dos egípcios e os árabes o trouxeram para a Europa, pela Espanha na invasão da península Ibérica. O poder adquirido por Portugal e Espanha na época dos descobrimentos no século 14 estava diretamente ligado ao fio de prumo que sustentava um pequeno disco caprichosamente dividido em 360 partes iguais. Lançar-se ao mar era uma temeridade tão grande quanto um vôo orbital hoje. Uma bússola apontava vagamente para o norte e com os nada precisos instrumentos que apresentavam variações de 6°, o que significa que sair de Lisboa com destino a Bahia poderia se chagar ao Recife sem saber porquê.
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