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O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo.
(LENINE; Vladimir Ilitch)

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Nesta obra, o autor faz uma análise teórica do imperialismo, descrita por ele como a “fase mais recente do desenvolvimento do capitalismo”. Logo no primeiro capítulo, Lênin discorre sobre A Concentração da Produção e os Monopólios, afirmando que “O enorme incremento da indústria e o processo notavelmente rápido de concentração da produção em empresas cada vez maiores constituem uma das particularidades mais características do capitalismo”. Para demonstrar isso, o autor utiliza-se de dados sobre o processo fornecidos por censos industriais. Com essas informações, Lênin assinala o processo de transformação da concorrência em monopólio nos principais centros capitalistas do mundo, como Alemanha, Inglaterra, França e Estados Unidos da América.


Lênin se detém ainda na explicação pormenorizada da transformação da concorrência em monopólio. Ainda neste primeiro capítulo, o autor cita Karl Marx, em O Capital, explicando que muito antes de ocorrer esse fenômeno, Marx já anunciava que a livre concorrência gera a concentração da produção, que num certo grau de desenvolvimento, conduz ao monopólio.
Em seguida, o autor discute a importância e o papel do sistema bancário para a consolidação dos monopólios, pois são esses instrumentos também se transformam em monopólios “À medida que vão aumentando as operações bancárias e se concentram num número reduzido de estabelecimentos, os bancos convertem-se, de modestos intermediários que eram antes, em monopolistas onipotentes”. A partir dessa premissa, Lênin discorre sobre esses estabelecimentos, citando dados de vários países e, tomando como exemplo o Banco Alemão, discute como se dá essa centralização. O autor também descreve a competição existente entre os bancos e as caixas econômicas e as estações de correio, além de mostrar que existe um processo de fusão entre bancos com as maiores empresas.
No capítulo III, o autor se propõe a descrever “como a "gestão" dos monopólios capitalistas se transforma inevitavelmente, nas condições gerais da produção mercantil e da propriedade privada, na dominação da oligarquia financeira”. Para isso, cita exemplo de empresas que têm participação em outras. E, mostrando o total de valores emitidos no mundo era em 1910, destaca os quatro países capitalistas mais ricos são a Inglaterra, França, Estados Unidos e a Alemanha.
O autor explica que o que caracterizava o velho capitalismo, era a exportação de mercadorias; já o capitalismo moderno, o que impera é a exportação de capital, através do monopólio. No capítulo IV, ele explica como se dá a exportação de capitais, que “adquire um desenvolvimento gigantesco em princípios do século XX”, e sobre o impacto desse capital nos países estrangeiros, acrescenta “A exportação de capitais repercute-se no desenvolvimento do capitalismo dentro dos países em que são investidos, acelerando-o extraordinariamente”. Nesse sentido, Neste aspecto desempenham um papel importante os bancos fundados nas colônias, bem como as suas sucursais.
Lênin discute A partilha do mundo entre as associações de capitalistas. Para ilustrar, o autor cita os exemplos da indústria elétrica e seu desenvolvimento em vários países, as fábricas de carris de ferro, a indústria do petróleo e marinha mercante, como processos de concentração que levaram à “partilha do mundo”.
Logo após, o autor mostra como se deu a partilha do mundo entre as grandes potências, e, citando o geógrafo A. Supan, apresenta a percentagem de território pertencente às potências coloniais européias e aos Estados Unidos. “O traço característico do período que nos ocupa é a partilha definitiva do planeta, definitiva não no sentido de ser impossível reparti-lo de novo "pelo contrário, novas partilhas são possíveis e inevitáveis", mas no sentido de que a política colonial dos países capitalistas já completou a conquista de todas as terras não ocupadas que havia no nosso planeta”, afirma. Neste capítulo, Lênin explica como a política colonial mundial encontra-se intimamente relacionada com o capital financeiro, mostrando o avanço das possessões coloniais das grandes potências e a relação entre as colônias e a escassez de matérias-primas nos países desenvolvidos.
O autor inicia fazendo um balanço sobre o assunto e define brevemente “o imperialismo é a fase monopolista do capitalismo” para, em seguida, citar as características e os traços fundamentais desse processo. Nesse sentido, o autor também discute “o lugar histórico que esta fase do capitalismo ocupa relativamente ao capitalismo em geral e a relação entre o imperialismo e as duas tendências fundamentais do movimento operário”.
“O monopólio capitalista gera inevitavelmente uma tendência para a estagnação e para a decomposição”. Partindo desse princípio, no capítulo seguinte, o autor descreve como se dá o que ele chama de parasitismo e a decomposição do capitalismo, explicando a camada dos rentiers, ou seja, “de indivíduos que vivem do ‘corte de cupões’, que não participam em nada em nenhuma empresa, e cuja profissão é a ociosidade”.
Lênin faz um panorama dialogando com vários autores que fazem uma crítica ao imperialismo, ressaltando “a atitude das diferentes classes da sociedade perante a política do imperialismo, de acordo com a ideologia geral das mesmas”. O autor cita, principalmente, Kautsky, um ex-marxista, que criou a teoria do ultraimperialismo. “Tanto a análise teórica como a crítica econômica e política que Kautsky faz do imperialismo encontram-se totalmente impregnadas de um espírito absolutamente incompatível com o marxismo, de um espírito que oculta e lima as contradições mais essenciais, impregnadas da tendência para manter a todo o custo a unidade em desintegração com o oportunismo no movimento operário europeu”, ressalta.
Por fim, assinala O lugar do imperialismo na História, mostrando as principais manifestações do capitalismo monopolista e afirmando que essa nova conjuntura agudizou todas as contradições do capitalismo.



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