A EDUCAÇÃO BRASILEIRA
(Maria Alzenira Rodrigues)
Com um cordel contendo 25 estrofes, a autora descreve minuciosamente a história da educação brasileira, começando com a chegada dos jesuítas ao Brasil, até os anos 90, quando um prazo é estipulado para sanar o problema do analfabetismo. Nas seis primeiras estrofes faz uma explanação da corrupção política e do prejuízo que tem ocasionado no campo da educação. Nas estrofes seguintes, o processo educacional brasileiro é criticamente apresentado pela poetiza. São quase 500 anos de história.
A chegada dos jesuítas, que objetivavam catequizar os índios, marcou o inicio do ensino no Brasil. Quando foram expulsos pelo Marquês de Pombal, o ensino régio foi implantado. Era absolutamente elitista. Quando D.João chegou ao Brasil, encontrou um país inculto, fundou escolas, mas o elitismo continuou. O ensino era centralizado, porque não interessava alfabetizar aos pobres. Os métodos pragmáticos, laicizivos e o vitupério que predominava na educação desde o seu inicio, continuaram após a república e perdurou até os dias atuais.
A Constituição de 1988 traz no seu texto a urgência de reduzir o número de analfabetos no Brasil. Estipula um prazo de nove a dez anos. E o Brasil que passou séculos investindo no analfabetismo, agora tem pressa.
Nos anos noventa, a LDB volta a ser discutida, pois existe prazo para remodelar o ensino. O quadro imoral estatístico da educação incomoda os políticos, pois o FMI faz cobrança. Fica entendido que no terceiro milênio somente países estruturados terão condições de se desenvolver. E analfabetismo é sinônimo de atraso. A descentralização é apontada como solução para combater a corrupção do ensino. O tempo é quem dirá se isso dará certo. O cordel é finalizado chamando a atenção para a honestidade, para o fim do verticalismo, e para que a descentralização acene com a participação da comunidade no processo educativo.
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