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História da Educação no Brasil
(OTAÍZA DE OLIVEIRA ROMANELLI)

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Otaíza de Oliveira Romanelli – Nasceu no Paraná, licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Paraná, em 1965. Exerceu o magistério durante longos anos. Ao falecer, era professora de História da Educação no Curso de Pós-Graduação na Faculdade de Educação da UFMG. Possuía o doutorado de 3" ciclo em Educação pela Sorbonne (Paris).
Como pesquisadora no campo da História da Educação no Brasil, sua preocupação com os novos rumos da historiografia brasileira, para a qual vêm contribuindo decisivamente as modernas teorias desenvolvidas pelas Ciências Sociais na busca de novas interpretações para o subdesenvolvimento latino-ameriano. Seu livro é resultado de pesquisas nesse, objetivando não apenas um levantamento fatual dos principais aspectos da Educação brasileira – que a autora tanto prima, abordando o período de definição que ocorre após 1930, com a evolução do ensino brasileiro, mesmo que tardio, em seu expansionismo diante do modelo imposto pelos valores econômicos, sociais e políticos da sociedade vigente.
A história nos é apresentada através de fatos que comprovam determinada época, mas não é reduzida a fatos , segundo Francisco Iglesias “...a fórmulas rígidas e mecânicas de interpretação, buscou apoiar-se, sobretudo quanto à política educacional dos últimos anos, na teoria da dependência. E aqui o objetivo específico foi o de aumentar a faixa de compreensão do sentido que toma a atual modernização do sistema de ensino no Brasil”.
1930 na História do Brasil, é um desses momentos raros na nação Brasileira apresentando um momento de maturidade não só na quantidade como na qualidade. Tenta vencer as insuficiências, buscando com decisão uma nova política, que pudesse atender a alguns os setores da sociedade como — social, económico, inte¬lectual. Para a autora: “O crescimento da população, a diversidade de classes a adquirir consciên¬cia de seus limites e direitos, o mundo após a guerra, com novos sistemas, ideolo¬gias opostas e crises económicas, tudo leva às tentativas de superar a velha ordem formada desde os primeiros anos do domínio português, cristalizando-se em traços anacrónicos de difícil remoção, pela rotina, comodismo ou interesses. Depois de uma abordagem teórica, há a síntese dos fatores evolutivos do aparelho educacio¬nal: passa então, em três longos capítulos, a desenvolver o quadro de 1930 a nossos dias. É impressionante ver a subsistência de elementos negativos ao longo de tão largo período: mesmo com os males apontados, difusa ou sistematicamente, por au¬toridades ou estudiosos, muitos deles ainda existem, como se pode ver nos erros persistentes”.
A autora faz uma pesquisa que vem dos primordios até os dias atuais, como se vê na ordenação de suas idéias: Elabora uma abordagem teórica partindo do que é cultura, educação, estrutura de poder e Desenvolvimento. Logo após cita os fatoes que contribuíram para o Desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro, apresenta de forma crítica comprovada com dados o processo educacional ocorrido após 1930, que culminou com a organização do ensino no contexto sócio-político e finaliza com a política educacional dos últimos anos. Destacando Francisco Iglesias sobre a obra da autora: “... a ajuda internacional para a educação, com a referência a acordos, como os famosos MEC-USAID: faz-se o estudo da natureza e substân¬cia do significado real desses convénios, às vezes enganosos nos termos, pois fre¬quentemente a ajuda não chega a existir. A abrangéncia do tema escolhido e seu enfoque com sentido crítico, baseado em informação ampla e em formulações modernas, como a teoria da dependência, tão elaborada hoje no Brasil e em outras partes do mundo, são a marca da obra ora apresentada.
Certo não vamos tentar neste prefácio o resumo do livro: ele aí está para ser lido. Devemos apenas indicar as razões de seu êxito. A nosso ver, a maior é o justo sen¬tido do social, característico da autora, seja em sua atualidade, seja na perspecti¬va histórica”.
Modernamente a Educação tem sofrido com a crítica de que sua função básica seja a formação de obra para as grandes empresas de uma nção. Formar mão de por formar não teria sentido para uma Universidade seu papel é bem maior. Para a Romanelli, 1978, p.285:

Assim, economicamente, a Universidade tem funcionado como fornecedora de
pessoal qualificado para a Grande Empresa, o qual, todavia, perde dia a dia status. Politicamente, a modernização resultou na perda de autonomia da Universida¬de, como já ficou demonstrado. Mas tem servido à manutenção de uma estrutura de dominação que, de fora, pesa sobre ela e que ela reflete no seu próprio âmago.
O objetivo geral, quer do ponto de vista do setor externo, quer do ponto de vis¬ta do setor interno, é a despolitização, a eliminação de lideranças políticas de que a Universidade foi quase sempre foco e, assim, a eliminação da participação social em prol da decisão de poucos, como já se disse.
Dessa forma, a modernização, se ajudou a mudar os atores da cena política, a redefinir, pelo reforço, a expansão económica com vistas a uma melhor integração do Brasil no processo de desenvolvimento do capitalismo, tem, contudo, colaborado para que, através do produto acabado que a Universidade e o ensino de modo geral proporcionam, o país se mantenha na periferia desse processo.

Assim essa mudança de atores, se faz necessária sempre, para que a educação não seja um entrave para sociedade, forme profissionais bem qualificados, mas não esqueça, de formar homens conscientes de seu verdadeiro papel na sociedade visando um desenvolvimento que integre mais o homem a políticas mais justas, sem ferir a liberdade.



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