Versos
(Robson Moura)
É um livro de poesia, intitulado “Versos”, o autor Robson Moura, foi publicado em 1999. Nasceu na Cidade de Maceió, estado de Alagoas. Participou de três Antologias: "Escritores Brasileiros", 1984 com o poema "Indutiva Mulher", pela Crisalis Editora/RJ; "Escritores Brasileiros", 1985 com o poema "Prostituta", pela Crisalis Editora/RJ; "A Nova Literatura Brasileira", 1984 com o poema "A Folha e Rosa" e "Realidade Velha", pela Shogun Editora e Arte /RJ; "Escritores Brasileiros de Hoje" 1985 com o poema "Psicose Íntima", pela Shogun Editora e Arte /RJ. No IV Concurso Raimundo Correia de Poesia/1985 se destacou entre 10.820 concorrentes com o Poema "Anunciação".
Colaborou com pequenos periódicos como: Jornal "Novidades" - Órgão de Divulgação da Secretaria de Cultura e Esportes de Alagoas - SECULT com a poesia "Poema" - Ano III, nº 07 - Maceió - Nov. 2007; Jornal "Correio Estudantil" - Órgão de Divulgação do Colégio Sagrada Família de Alagoas com as poesias "Poema" - ANO III, nº 02 - 3ª Faixa/p.05; "Minha Terra Alagoana" - ANO III, nº 02 - 3ª Faixa/p.05; "Prostituta"- ANO III, nº 02 - 3ª Faixa/p.05 1988; Jornal "Comunitário" - com a poesia "Anunciação" - Ano I, de 28 de agosto - n º 12- Coluna Comunidade Literária - p. 06 de Mauro Sérvio - Maceió - 1990; Jornal "O Gutemberg" - Órgão de Divulgação da Associação Alagoana de Imprensa - AAI - ANO I, n º 03, p. 14 - Maceió - Dez. 1990 - Jan/ Fev 1991 com o poesia "Minha Terra Alagoana".
A presente obra revela uma poética mesclada de lirismo e contemporaneidade, são fragmentos biográficos, do homem, do poeta, do vivente de Maceió. Do nascimento a madura idade. Retrata a vida, as experiências, apreendendo as variadas linguagens das estéticas passadas para realizar sua forma de expressão. Na poesia intitulada “VERSOS” que dá nome a obra, o autor expressa a arte do fazer poético enriquecido com uma metalinguagem envolvente, brincando com as palavras e com a criatividade. Como se vê no soneto abaixo:
OS LIVROS
Robson Moura
Papiros, papéis marcados no tempo,
Compêndios, escritos, enciclopédias,
Aprender diante de suas peripécias,
Viajando a qualquer momento.
Conhecer a cultura dos povos.
Formar-se diante da informação,
Buscar idéias nesta inovação,
Socializando-se com os novos.
Livros novos e velhos.
Numa tipologia abrangente!...
Registrando do bem e a todos
Os momentos da realidade,
A ficção de toda a nossa gente,
Gente de livros; gente de verdade.
No poema Feto aparece a necessidade de nascimento, o processo de transformação do feto em homem, “Fiat lux” e então a luz se faz apresentando à matéria ao novo homem. Em “Prostituta”, encontra-se o envolvimento com os problemas sociais, reforçada essa preocupação com o “Poema I”, o homem parte do sistema. É a poesia participante que expressa a angustia humana. Reflete ainda suas lembranças dos pais, presente em uma poética forte e ao mesmo tempo sensível. Como se vê no poema abaixo:
MÃE
Robson Moura
Ser mãe é dar a luz a um ser vivente,
Ser mãe é conduzir um ser nascente,
No caminho da verdade e da
JUSTIÇA!...
Ser mãe é orientar os nossos erros,
Ser mãe é forjar nosso caráter,
Na chama do amor e do
PERDÃO!...
Ser mãe é dar saber ao seu rebento,
Ser mãe é formar um cidadão,
Na sabedoria e na
RAZÃO!...
Ser mãe é condição de ser mulher,
Ser mãe é condição de ser divina,
Na sabedoria e na
VIRTUDE!...
Ser mãe é dar amor sem condições,
Ser mãe é acolher ao filho pródigo,
Na tolerância e com
AMOR!...
NO CORAÇÃO!...
Parodiando os grandes, sem esquecer a sutileza eis sua poesia “AS POMBAS”.
AS POMBAS
Robson Moura
Revoam dos pombais,
erbúneas pombas.
Revoam outra vez;
Revoam mais...
Não sei das quais
é a mais bela.
Só sei...
que revoam dos pombais.
Revoam dos pombais,
místicas pombas.
Revoam outra vez;
Revoam mais...
Não sei das quais
é a mais bela.
Só sei...
que revoam dos pombais.
Revoam dos pombais,
d’ouradas pombas.
Revoam outra vez;
Revoam mais...
Não sei das quais
é a mais bela.
Só sei...
que revoam dos pombais.
Revoam dos pombais,
variadas pombas.
Revoam outra vez;
Revoam mais...
Não sei das quais
é a mais bela.
Só sei...
que as místicas revoam mais...
Lembrando a Canção do Exílio, segue o exemplo de muitos que tiveram a honra de parodiar Gonçalves de Dias, com “Minha terra Alagoana”. São poemas diversos em diversos estilos literários apresentando vários aspectos sociais do cotidiano do país. Em “O Vento” temos um lirismo gostoso solto ao coloquialismo e a brisa do ar em movimento.
O VENTO
Robson Moura
La o vento, o vento vai,
balançando os bambus dos bambuzais;
La vai o vento, o vento vai,
balançando as copas e os cocais.
La o vento, o vento vai,
balançando as roupas dos varais;
La vai o vento, o vento vai,
levantando das praias os arreais.
La o vento, o vento vai,
envergando coqueiros nos coqueirais;
La vai o vento, o vento vai,
na ressaca das ondas nos corais...
o vento vem e o vento vai...
O livro representa um período da vida do poeta, que se fez contemporâneo de olho nas belezas do passado, seu marco o dia-a-dia, a sua vida , as suas experiências sem esquecer a terra natal.
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