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A Imaginação e a Arte da Infância
(L.S. Vigotski)

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A Imaginação e a Arte na Infância
L.S. Vigoyski, 1986, Akal

Para Vigotski (1986) a atividade do ser humano é o que condiciona sua capacidade de imaginação e também de criação artística. Assim, a partir da necessidade humana o homem desempenha determinadas atividades visando satisfaze-las. Durante o desempenhar dessas atividades vai estabelecendo contato com o mundo dos objetos e das relações sociais. Essa relação estabelecida é o que irá condicionar sua imaginação e por conseguinte sua criação artística.
Assim, Vigotski (1986) pontua o quanto a imaginação provém da condição concreta e real de vida dos homens e aliás refuta a possibilidade de explicá-la pela via de compreensão da mesma como se fosse algo irreal, distante da realidade. Para o autor, o ser humano reproduz, mentalmente, aspectos retirados da realidade durante o processo imaginativo.
A reprodução, dentro do processo de imaginação, se dá tomando como base dois “estímulos” ou “impulsos”. Nesse sentido, um “estímulo” ou “impulso” seria aquele em que o homem, em sua atividade se apropria do meio circundante. Quando o homem se apropria do meio circundante, na verdade ele se apropria da cultura socialmente produzida pela humanidade e, essas informações serão conservadas no cérebro por meio da sua memória. Quando o homem “imagina” algo , ele recorre a essas informações, que vem por fim a se constituir em um “impulso” ou “estímulo” a capacidade de imaginar e também de criar algo “novo”. Por seu turno, o outro “estímulo” ou “impulso” que influenciaria a imaginação seria a combinação dessas informações no cérebro. Nessa combinação, o homem pode mesclar várias características dos objetos e das pessoas, contribuindo assim para o caráter fantasioso. Por exemplo, é possível imaginar um cavalo que tem asas e voa, apesar dele não existir na realidade. Esse tipo de imaginação é um exemplo em que foi mesclado aspectos da realidade como o cavalo e o fato de voar, resultando em algo que apesar de irreal combina aspectos da realidade.
È por isso que, a imaginação provém substancialmente da condição real, concreta de existência do ser humano. Como tal, a imaginação vai se desenvolvendo gradualmente, a medida que o homem vai tendo contato com a realidade e vai desenvolvendo condições de melhor compreende-la. Decorre assim que a imaginação também incorpora o conhecimento que já fora produzido pela humanidade. Isso porque a cultura, os conhecimentos com os quais o homem estabelece contato e dos quais se apropria provém do desenvolvimento histórico-social porque passou o gênero humano. Assim, para esse autor, a imaginação nunca se cira no vazio, no nada,mas recorre sempre a experiência concreta.
        Dessa maneira, a imaginação, que provém da realidade também influencia a criação artística da criança. É assim que a criança pequena incialmente projeta sua imaginação no desenho, passando depois, segundo seu período de desenvolvimento a projetá-la de outras maneiras como pinturas mais elaboras, os jogos e até o teatro.
        Assim, a imaginação pode ser ampliada ou restrita e da mesma maneira a representação artísitca da criança. Tudo irá depender do que é disponibilizado à criança.



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