Resumo de Seja Você Mesmo Seu Melhor Amigo - Mildred Newman & Bernard Berkowitz

A felicidade por muitos buscada depara-se com uma lacuna entre o querer ser feliz e o ser feliz, mas está sempre ao nosso alcance a possibilidade de alcançamos esse “desideratum”, essa proeza, a felicidade. Para tanto, basta apenas descobrirmos a possibilidade de controle sobre nossos sentimentos, nossas emoções, e nos empenharmos numa atitude de ação própria, de motivação profunda pela nossa própria responsabilidade de mudança em nossas vidas, de olhar para o nosso interior, que nos ajudará a descortinar as lembranças de nossas experiências, clareando as metas que intentamos atingir, com lucidez, numa visão de introspecção. Numa retrospectiva de nosso diálogo interior é possível perceber nossas expectativas, o que nos faz sentir bem ou mal, o que nos agrada ou não, sendo suficiente tão somente escolher o melhor. Faça a escolha do bem estar, do melhor para si, e vivencie o amor, esse sentimento genuíno de envolvimento e complementaridade. O amor floresce naqueles que agem pelo seu bem estar, que se cuidam diariamente, que se prezam a cada momento, inibindo qualquer chance para diminuir a si próprio ou aos outros. A liberdade de escolha provém da aceitação de fazer o que se quer fazer, e, é claro, da atitude corajosa e da crença integral no ser capaz de realizar uma idéia planejada com determinação e continuidade. Nossos limites de realização estão numa conexão direta com a nossa capacidade de acreditar em nosso poder interior. Somos seres de fazer, de realização, e temos de dar um pontapé inicial, deixar de postergar nossos atos, pondo em ação nossas escolhas, nossas metas, metas possíveis, realistas, em conformidade com os nossos desejos mais sinceros, tudo aliado à nossa força de vontade, de modo a nos fazer sentir plenos e felizes, ao contrário de tentarmos alcançar metas que não partem de nós mesmos. A interpretação unilateral do que é justo ou injusto, equivocada, pode nos levar para longe do bem viver, distante da alegria interior, do contentamento. A vida caminha na direção da despreocupação, do abandono dos ressentimentos, bem como da auto-estima e da autoconfiança. A capacidade de auto-afirmação passa pelos mitos da infância, dos adultos todos poderosos, de nossa suposta fragilidade, e da culpa que nos inflingimos ao não seguirmos “certos” ditames prescritos anteriormente. Poucas vezes percebemos que já crescemos, que nossa individualidade favorece o crescimento de tudo ao nosso redor, e que os mais pequenos atos possuem grande valor. No vai e vem de nossa adaptação constante, de nossas mudanças interiores, a amabilidade e a delicadeza com a nossa criança interior é necessária, fundamental para a sobrevivência e o bem-estar, sempre conscientes de que o agora é um outro momento, agregado a outras circunstâncias. Hoje, se já crescemos, podemos conquistar a habilidade e flexibilidade de abandonar o que não nos serve mais, de deixar de lado o apego aos dramas e tragédias de nossa criança interior que nos leva à aspereza, à dureza de coração, abraçando a genuína criança interior, e despertar para a vontade de viver, de fazer escolhas, sem culpas ou ressentimentos, orientando-nos para o bem maior, de si mesmo e da sociedade. O risco do amor, de ser ou não bem aceito, de ser ou não rejeitado, sempre há, mas, além de qualquer medo que flui do nosso interior, persiste a beleza da nossa identidade própria, do nosso caminhar sereno na compreensão de que a vida é mais bela a cada dia, de que amar e compartilhar é possível, e a certeza de que podemos ser nossos melhores amigos. Passamos pelo enfrentamento de reconhecermos quem realmente somos, o que efetivamente queremos, retirando os véus das ilusões, desligando-nos das fantasias que estão apenas num nível de pré-julgamento, e partindo para a auto-aceitação. A libertação vai acontecendo aos poucos, na proporção em que a criança interior vai sendo perdoada, na medida em que nos encorajamos mais e mais, e vislumbramos um mundo inteiro de possibilidades.

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