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Exames COMPLEMENTARES E DECISÃO CLÍNICA.
(Caio Cesar Penna.)

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RESUMO:
Dando continuidade a serie de artigos sobre o ato médico, nesse comentamos sobre a solicitação e interpretação, quando necessário, de exames complementares. Momento que pode encerrar o ato médico como geralmente acontece em unidades de pronto socorro. Ao contrário, em unidades ambulatoriais, principalmente naquelas que desenvolvem o Programa Saúde da Família a solicitação e interpretação de exames complementares faz parte de um acompanhamento médico continuado e programado que é inerente à concepção e prática do programa.
Concordamos com o Professor Mário Lopez (1990)1 quando afirma que só existe uma justificativa para solicitação de exames complementares: “... é a de responder a uma questão específica que surgiu como conseqüência do exame clínico ou para atender a exigência de natureza terapêutica”.
O artigo comenta sobre vários motivos pelos quais exames complementares não devem ser solicitados:
O exame complementar não substitui o exame clínico apropriado ao paciente.
Não supre a deficiência técnica do profissional.
Não se justifica pelo tempo disponível para a consulta médica.
Não deve ser solicitado com o objetivo de gerar ganhos financeiros para o profissional ou a entidade para a qual trabalha.
E ainda, relaciona algumas varáveis a serem consideradas no momento da correlação entre interpretação dos resultados e hipótese diagnóstica momento que antecede a decisão clínica.
Relação custo-benefício.
Riscos iatrogênicos.
Variações entre resultados de um mesmo paciente e resultado falso positivo x falso negativo.
Fundamentado em alguns trabalhos publicados na literatura médica brasileira e internacional alerta para a possibilidade de solicitações desnecessárias, iatrogenia e ocorrência de erros e alterações em resultados de exames complementares que exigem visão crítica e se necessário um novo exame.
Finaliza afirmando que é necessário: “... incentivar a reflexão sobre as dificuldades e responsabilidade no exercício do ato médico e confirmar a necessidade do aprendizado continuado – única maneira de minimizar as variáveis negativas”.3
BIBLIOGRAFIA.
1 LÓPEZ M. Introdução ao diagnóstico clínico. In: LÓPEZ, M. LAURENTYS, JM Semiologia Médica – 3ª edição. 1990.
2 PENNA CC. Exames Complementares e decisão Clínica. http:/artigonal.com 



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