A Cura pelo Poder do Riso
(Dr. Raymond A. Moody Jr.)
O livro fala como aplicar o riso, o senso de humor, na cura de doenças. Foi escrito por um médico que sempre teve muito bom senso de humor, inclusive como reação às crises e às pessoas.
Em seu trabalho como médico teve oportunidade de observar grande quantidade de casos, com fortes indícios de que os pacientes alcançaram a cura pelo riso, ou, pelo menos, que utilizaram o senso de humor como uma reação positiva e favorável à superação das doenças. Algumas de suas constatações são descritas em seu livro, e afirmam a possibilidade real de haver algo terapêutico no riso. O autor percebeu em sua experiência profissional que a tendência para rir e gostar de assuntos cômicos é muito importante, e é uma indicação valiosa quando se fala em saúde física e emocional, não se podendo desligar humor de saúde. Diversos psicólogos e filósofos demonstraram que o homem é a única criatura que ri, ou com senso de humor. O livro não trata de respostas padronizadas, mas de observações, e da declaração de que talvez pudéssemos nos aprofundar em alguns fatos fora do comum, os quais não conseguimos explicar através do conhecimento atual que temos sobre o corpo e a mente humana. No início do livro há uma reflexão sobre o riso. Definir o senso de humor não é tão fácil quanto definir o riso, porém, pessoas com esse dom natural são encontradas em todas as camadas sociais. O senso de humor é analisado em vários sentidos, e conclui que o aspecto de maior valor sobre a explicação da importância do riso na recuperação da saúde é a capacidade que tem uma pessoa com senso de humor de ver a si e aos outros no mundo de forma um tanto distante e isolada. Há também o constante envolvimento emocional positivo com as pessoas e os acontecimentos. Uma pessoa deste tipo é capaz de ver o mundo de forma cômica, sem perder o amor ou o respeito por si mesma e pela humanidade. O riso é estudado como oposto a determinadas emoções negativas, como a raiva, ou punição e vingança. Uma atitude de bom humor é incompatível, e impossibilita uma ação de vingança em determinadas situações. Há exemplos no livro de como pessoas criativamente engraçadas colocam a atitude bem humorada em uso para evitarem situações violentas. O riso é contagioso. Há relatos sobre a influência benéfica dos relacionamentos dos palhaços com pacientes hospitalizados. O autor afirma que uma das piores tragédias que pode ocorrer ao ser humano é ter um ferimento que desfigure seu rosto. Ele diz que alguns pacientes deste tipo atendidos por ele, e que melhor se adaptaram aosferimentos, possuíam bom senso de humor, o que deixou-o muito impressionado. Eles usaram o senso de humor para suportar seu estado e para resolver o problema da comunicação, próprio da sua situação. A capacidade de rir, nesse caso, coloca quem suporta esse peso entre os maiores talentos da condição humana. O senso de humor está também ligado à longevidade. O riso e o humor são considerados há tempos como benéficos à saúde. Há relatos de um grande cirurgião medieval sobre a recuperação de seus pacientes, onde escreve que o médico deve cuidar de orientar o paciente com relação à alegria e a felicidade. Para atingir essa meta é permitido que parentes e amigos o cumprimentem e contem piadas, e manter o estado de espírito do paciente elevado através da música de violas e do saltério de dez cordas. Finalmente, Mondeville, o cirurgião medieval, adverte que não se deve permitir que emoções negativas interfiram na recuperação dos pacientes. O médico deve proibir a raiva, o ódio e a tristeza ao paciente. O autor faz ligações entre o riso e doenças mentais, e ressalta que a aplicação inadequada do humor resultaria em grande mal. Ressaltou que as piadas mordazes eram uma das causas da melancolia, e que piadas grosseiras e sarcasmos não devem ser usados de forma alguma, sobretudo com relação àqueles que estão desesperados ou deprimidos. Há advertências sobre o exagero de usar o humor a ponto de encorajar o doente a rir de uma enfermidade, e deixar de procurar cuidados clínicos para curá-lo. Também o médico não deve permitir que seu empenho em manter elevado o estado de espírito de seu paciente se transforme em escapismo, a fim de não enfrentar a verdade, por exemplo, a respeito de um estado grave. Finalmente, o humor e o riso podem ter efeitos desejáveis ou indesejáveis, nocivos ou benéficos. É necessário refletir, ser bom observador, para dosar o riso e o senso de humor adequadamente em benefício do paciente. O último efeito terapêutico do humorismo é o mais importante de todos. Trata-se da vontade de viver. Muitos pacientes afirmam que não morrerão, que vencerão a doença, e, contrariamente às previsões, sobrevivem. Sigmund Freud também explica muito bem que existe um elo entre a vontade de viver e o senso de humor. Há uma declaração de Sócrates proferida ao diagnosticar os erros das teorias médicas e do exercício da medicina em sua época, que define muito bem nosso tema: “Como não é certo curar os olhos sem a cabeça, nem a cabeça sem o corpo, também não é justo curar o corpo sem a alma.”
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