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Tentamos manter os seqüestrados pelas Farc vivos, diz radialista ...
(O GLOBO)

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Ingrid Betancourt tinha acabado de ser libertada em uma “operação cinematográfica” do Exército colombiano, estava com sua mãe e outros familiares, quando uma voz familiar a fez se emocionar e abraçar carinhosamente o jornalista Herbin Hoyos Medina. “Meu irmão”, disse, emocionada.

“Foi um abraço emotivo e inesperado. Estava cobrindo sua chegada à liberdade como todos os outros jornalistas, quando ela reconheceu minha voz e me deu um abraço. Ela se referiu a mim como irmão, como costumo tratar todos os reféns da guerrilha”, disse Hoyos ao G1, na redação da rádio Caracol, em Bogotá. 
Por seis anos e quatro meses, Hoyos fazia a conexão possível entre Betancourt e sua família, o mundo fora do cativeiro, por intermédio de seu programa “Las Voces del Secuestro” (As Vozes do Seqüestro), apresentado por seis horas todos os domingos desde muito tempo antes.

Em um de seus primeiros discursos após o resgate, a ex-senadora franco-colombiana fez questão de ressaltar a importância da rádio para todos os seqüestrados, dizendo que o programa era essencial e que os reféns ouviam a rádio sempre. “Muito obrigado por seu apoio. A rádio foi uma grande companhia por muitos anos”, disse.


 Agência
Além da transmissão semanal, o programa é uma agência de notícias sobre seqüestros e vítimas, servindo como base importante de informações sobre o problema dos reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no país.

“É um programa com uma carga psicológica muito grande. Tentamos manter os reféns mentalmente preparados para retornar. Tentamos dar motivos para que queiram continuar vivos”, contou Hoyos, que havia se especializado em jornalismo de guerra e acabou se tornando uma referência mundial sobre seqüestros e um dos maiores conhecedores da realidade dos reféns da guerrilha.

No programa semanal, ouvido regularmente pelos seqüestrados no meio da selva colombiana, ele recebe parentes dos reféns, fala da realidade política da Colômbia e do mundo. “Em cada caso, eu vivo o tempo de cativeiro junto com o seqüestrado. Acompanho to tempo todo esperando por cada regresso”, disse. “Compartilhamos um sentimento, mas admito que nunca imaginei que receberia um abraço.”

 De cinema
Na entrevista ao G1, Hoyos revelou que teve participação na operação do Exército colombiano (assista ao vídeo ao lado) que libertou Betancourt e outros 14 reféns da guerrilha. No estratagema, que incluiu infiltrar agentes e conseguiu libertar os reféns sem violência, “a rádio ajudou a confundir os guerrilheiros, anunciando no programa que um helicóptero humanitário iria à região em que havia pessoas seqüestradas”, contou.

Hoyos garantiu que cada detalhe da operação aconteceu conforme foi divulgado pelo Ministério de Defesa do país e negou a informação divulgada na última sexta (4) por uma TV suíça de que o governo teria pago secretamente às Farc pela libertação dos reféns.

“Conheço o processo da operação há muito tempo. Foi um operativo perfeito de inteligência. Foi cinema real, sem nenhuma ficção. Foi realmente cinematográfico”, disse.


 Rádio guerra
Por sua fama com o programa sobre os seqüestros, Hoyos trabalha sobre proteção, e visitá-lo nos estúdios da rádio é mais difícil de que passar pela inspeção de aeroportos nos Estados Unidos.

Logo ao chegar na sede da rádio Caracol, na Avenida Carrera 7, centro de Bogotá, foi preciso deixar um documento na portaria e passar por um detector de metais, passando a bolsa por uma esteira de raio-X. Em seguida, um cachorro passaou pelas bolsas farejando o material do G1 e de redes de TV internacionais que também fariam entrevistas com ele na mesma tarde. Ao chegar no sétimo andar, onde funcionam os estúdios, um novo detector de metais com esteira de raio-X.

Passado todo o processo para conseguir falar com ele, Hoyos é acessível e simpático, sem parecer querer méritos por seu trabalho. Ele falou por alguns minutos de forma isolada para o G1 e, em seguida, fez uma série de outras entrevistas para televisão, tendo de repetir algumas respostas por mais de três vezes.


 Libertações
Para Hoyos, a libertação da mais célebre dos reféns da guerrilha colombiana não vai diminuir a luta para acabar com os seqüestros. Ele diz acreditar que a própria Betancourt vai ajudar a criar clima para que haja uma onda de libertações pelo país.

“Acho que ela vai iniciar uma campanha global contra os seqüestros. Vivemos um furor contra este tipo de atuação da guerrilha, e vamos conseguir libertar outras pessoas.”
Para ele, a postura do governo deve se manter a mesma a partir de agora. “Por mais que Ingrid mobilizasse todo o mundo, o governo sabe que esta é a grande oportunidade para fechar as portas para todos os seqüestros”, disse, e prometeu que estará no ar com o programa para acompanhar cada uma das libertações.

“Vamos fazer o programa até que o último seqüestrado seja libertado.”



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