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Quem sou eu? - Estendido
(Diego C. Oliva)

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Consciência Inconstante #1
Quem sou eu?


Começo hoje esta coluna, onde pretendo expor meus pensamentos, minhas palavras, minha consciência inconstante, que a todo minuto se molda e se adapta a uma realidade mutante, mais do que uma consciência inconstante, ás vezes uma inconsciência constante que se mostra tão variável e mutante como a própria realidade em que vivemos, e para me apresentar agora tento responder a esta pergunta: Quem sou eu?

Poderia dizer que sou um jovem alto, magro de cabelos castanhos compridos, barba, inteligente, simpático e muito modesto, com certeza eu diria algo assim, mas será que é isso mesmo que sou?
Será que somos apenas um punhado de adjetivos, que combinados de certa forma e ordem específica criam nossa imagem, nossa individualidade, não, creio que somos mais do que isso.
Poderia também dizer que sou estudante de Ciências Sociais, técnico em informática, atualmente desempregado, escritor nas horas vagas, e se tudo der certo futuro jornalista. É, também poderia dizer algo assim.

Mas acho que ainda não faria jus ao que sou, esse conjunto de habilidades, de proficiências nas quais talvez eu nem sequer seja bom não resumem de forma alguma o que sou, e apenas dão uma idéia do que faço, não que isso signifique alguma coisa.

Outra resposta plausível se daria pelos meus gostos, gosto de comida italiana, desenhos japoneses, quadrinhos, filmes épicos, música clássica e rock’n roll em geral, adoro ler sobre filosofia, gosto de jogos eletrônicos e de RPG, e tenho uma certa preferência por vodka com refrigerante na praça com os amigos.

Mas essa resposta também não seria suficiente pra dizer quem sou, mesmo porque conheço pelo menos mais uns 10 amigos meus que dariam a mesma idêntica resposta, talvez em outra ordem de fatores, mas com certeza a mesma resposta.

Poderia também dizer que tenho um fusca branco 73, um computador que por enquanto me basta, uma namorada linda que eu amo muito e uma família e amigos espetaculares que sempre me apóiam. Seria algo mais específico sobre mim, mas ainda não seria a resposta que procuro.
Talvez essa pergunta não possa ser respondida. Talvez definir quem somos não seja uma possibilidade, mesmo porque quem e o que nós somos trata-se de uma constante e inevitável mutação.

Em nossa busca eterna pela resposta dessa pergunta, muitas vezes inventamos novas respostas, criamos deuses e mitos que sejam capazes de nos dar o que buscamos, mas com o tempo e as novas mutações em nossa realidade nos afastamos desses deuses, e enfim os destruímos para em seguida criar novos deuses que atendam nossas novas necessidades.

Caminhamos sem rumo por uma existência muitas vezes sem explicação, às vezes nos vemos apenas como uma boca a mais que o mundo deve alimentar, e apesar desta ser uma das respostas talvez mais próximas da verdade, teimamos em negar que possamos ser tão inúteis neste mundo.

Somos sim eternos descontentes, seres que buscam uma realização e felicidade pelo simples fato de pensarmos que deveria ser assim, mesmo sem poder enumerar uma única razão para isso além de nossa própria ambição pela perfeição.

Esse, creio eu, é nosso principal defeito: pensar. Esse dom que colocamos no patamar mais alto das qualidades humanas é talvez nossa mais terrível maldição, que nos faz buscar por perguntas sem resposta; que nos deixa eternamente descontentes nessa busca vazia pela felicidade que achamos merecer.

Mas essa ainda não é a resposta certa para minha pergunta, e acho que não vai ser dessa vez que conseguirei encontra-la. Desta forma, prefiro parar por aqui antes que meus delírios filosóficos desta consciência inconstante se tornem tão perdidos quanto nós somos nesta vida efêmera, e assim prefiro assinar:

Diego C. Oliva, 22 anos, estudante de Ciências Sociais, Técnico em informática desempregado, Escritor nas horas vagas e pretenso Jornalista.



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