Poemethos
(Adroaldo Bauer)
Poemethos é a primeira idéia de uma coletânea de versos meus de dois anos para cá, que insisto: Não me penso modesto Apenas Verso Sem Ser Prosa. Tem ali
Aprendendo a ler e amando
Eu ainda saberei ler
E um dia poderei te dizer
O que tantas tuas letras
em mar revolto disseram-me
Que em ondas me arrebataram
Poemethos 2 se apresenta assim e é de uma produção atual: Algumas idéias em versos que de vez em quando até rimam. Como estes:
Mil beijos
Afogado em beijos teus
A mil o coração meu
O rosto afogueado
Leio, desejo vê-la já.
Quiçá, amá-la.
Êpa!
Alto lá!
É que a amo, sinto
apenas por tê-la assim.
Mil beijos te reenvio,
onde os queiras sentir.
E não aceito que a nada te obrigues
Poemethos 3 é uma coletânea versos meus feitos em 1975, 1976 e 1977. São inéditos. Vigia o regime militar no Brasil. A censura imposta a tudo, do teatro ao cinema, da imprensa à literatura. Da música às manifestações sociais quaisquer. A vida era irrespirável... Ainda assim, dizia
Só há sentido
Explodindo
Conceitos
E a estrutura
Que cerca
Assim o amor desperta
Em beijos e abraços
Poemethos 4 apresenta versos inéditos de 1981 a 1985. A anistia conquistada, atrocidades transformadas em “crimes conexos”, a censura seria levantada em 1980... Começávamos os milhões de brasileiros as batalhas finais pelas liberdades democráticas, por Diretas Já e, em seguida, pela Assembléia Nacional Constituinte... que deram fim ao estado criminoso mantido pela ditadura militar. Respirava-se já, mas ainda à sombra do assalto súbito e da ocupação militar...
Guardo a fantasia
Que fiz,
De mim
Pra mim.
Com a própria cara
Vou à festa.
Mesmo assim
É o que se passa
Não desmaio, eu vejo,
Alguém me abraça.
Então saio à rua
Não me desmancho,
Com muita raça.
...
Ando meio solto
No espaço
Não sei o que faço
Mas acerto o passo
E a cada cacetada
Recupero-me
Não me desfaço
...
De graça
Ninguém
Faz graça
Basta a desgraça
Que um dia passa
03/12/1981
Bem, poderia apresentar algum verso mais ou alguma fala mais crítica sobre o período ou o mercado editorial que não encontra além de quem lhe dê dinheiro ou o escambau, mas estão os versos para seu juízo e leitura de quem queira em e-books simples (em power point), no Recanto das Letras.
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