Perguntas de Paulo Roberto I ao DD.GOVERNADOR JOSÉ SERRA.
Paulo Roberto I
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Sr. Governador, sou preocupado com a classe dependente dos Serviços Públicos pois tenho estreito contato com ela, nela estou inserido.
Vejo com muita estranheza, quando preciso me utilizar dos Serviços Públicos, a má vontade generalizada com que os Servidores se encaminham ao Público. Com raríssimas exceções, fazem eles parecer que estão nos prestando um grande favor, deixando patente, através de seus semblantes e atitudes, o descontentamento em estar necessitando de alguma forma, servir.
O título SERVIDOR PÚBLICO, sem necessidade de muita profundidade nos faz entender que tais agentes foram aprovados para: "servir ao público". Em geral, quando necessitamos até mesmo peguntar mais de uma vez a mesma coisa, para uma certificação sem erros. Estes são ásperos, fazendo-nos parecer impertinentes. Sem contar o fato de que alguns - isto podemos claramente discernir - buscam maliciosamente criar situações que possam evocar o Art 331 (Desacato a Funcionário Público no exercício da sua função ou em razão dela.) Amparados por essa LEI abusam da paciência de seus verdadeiros patrões o`"Público". Fazendo-os voltar noutro dia, quando poderiam, como medida de coerência ao próprio título, servirem, simplesmente.
Por certo, que os impostos que compulsoriamente nos são extraídos em cada transação comercial, servem de valores que se destinarão ao sempre certo pagamento que mensalmente eles recebem. Enquanto que muitos de nós, embora "Patrões", como pagadores dos salários, às vezes não temos a mesma sorte destes. Sem a TUTELA do ESTADO, somos além de desamparados na conquista de trabalho, ainda desmoralizados quando procuramos aquilo que no mínimo deveria ser um Serviço que de fato fosse destinado ao Público.
Utopias como estas faz-nos parecer que o ESTADO simplesmente utiliza as pessoas na sustentação de si mesmo e de seus agentes. Omitindo por incontáveis vezes, a obrigação de efetivamente trabalhar em benefício daqueles que o sustentam.
Generalizo, Senhor Governador, porque encontro muitos, onde não deveria encontram nenhum.
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