Trazer A HONRA AO FUTEBOL
(J.BRITO SOUSA)
TRAZER A HONRADEZ AO FUTEBO
É difícil, porque há aí menino, que, por se considerar de origens aristocráticas e escrever boas obras de literatura e, sobretudo, penso eu, por dispor de uma página inteira num jornal desportivo, julga-se que tem o direito de emporcalhar o futebol, dando-lhe vontade de rir perante situações em que deveria opinar com seriedade, sobre a matéria em causa e pelo menos mostrar-se preocupado. A honradez começa nas atitudes de respeito pelas pessoas e pelas instituições. Eu entendo que o princípio de enxovalhar os outros, pessoas ou instituições, não deverá ser o comportamento indicado de quem dispõe de um espaço para comunicar ou informar. Depois, há espaços na internet, os denominados blogues, onde os respectivos titulares autorizados a emitir opiniões o fazem, utilizando uma linguagem, que, por mais que me esforce não sei onde é que foi adquirida. Pode-se dizer não com honradez mas não é isso que acontece; diz-se não insultando.Um dia, enviei um mail a um cavalheiro que escreve nos jornais e que também escreve, por sinal, excelentes obras literárias, professor universitário, inclusivamente, com programa de TV e tudo, por ele ter usado uma linguagem que considerei de baixa qualidade num artigo sobre futebol. Eu disse-lhe:- “ O senhor tem ódio a determinadas pessoas e instituições ligadas ao futebol, porquê?....”. E a pessoa em questão respondeu assim: -“não tenho ódio, estou apenas a ser sincero” Fiquei espantado com o sucedido. Nesse mesmo jornal, tentei mas não consegui ler um artigo sobre futebol, por uso de linguagem intragável, assinado por um colunista com o seu nome e, por baixo, a palavra escritor. Ora, o Vergílio Ferreira ensinou-me no romance “Em Nome da Terra”, que, escritor é aquele que trabalha para o próximo no sentido de o tornar um ser mais esclarecido e melhor em termo de humanidades. Não era isso que eu vi e face a tal despropósito, enviei um mail ao cavalheiro a pedir-lhe que tivesse respeito pela profissão de escritor, o que me parecia não estar a ter e que retirasse do texto essa mesma palavra escritor. A pessoa em questão respondeu-me danado, dizendo-me que mantinha a palavra, porque vivia unicamente da escrita e que estava inscrito com tal profissão na Repartição de Finanças da área da sua residência..Fantástica resposta....Por aquilo que deixei dito, talvez tenha pela frente uma tarefa árdua, mas terá de ser e vou tentar levar a água ao meu moinho. Não aceito as desonestidades vividas no futebol de hoje, com benefícios, parece-me a mim, para os que vêem prevaricando há mais de vinte e tal anos, que dispõem de agentes que aparecem agora na praça pública, com ar de vítimas e, ao mesmo tempo ofendendo outros, que, tendo algumas culpas e benefícios também, sem dúvida, se situam numa escala reduzida de ganhos.Concretizando o que eu quero dizer, direi que não gostei de ouvir, no canal de TV do Porto, num programa desportivo, um dos comentadores chamar de palhaço, por duas vezes, parece-me, ao Dr. Madail. E a gravidade do assunto é que a designação foi aceite por toda a gente presente e ninguém se insurgiu. E, prosa igual, quanto a mim sem pinga de honradez, vem num artigo do JN do dia 09 de Julho 2008, com o título, “Não sendo palhaços que poderão ser?”....Será por esta via que se resolvem os assuntos? No lo creio.
SOUSAFARIAS
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