O ESTADÃO DO NORTE
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Aconteceu ha vinte anos atrás, em Porto Velho, Antônio, filho de família humilde, vinda de Manaus no início dos anos 70, funcionário do Tribunal de Contas do Estado, tinha muitos amigos, levava uma vida boêmia e só tinha um problema, era viciado em droga.
Certo dia do mês de julho de 1987, saiu do trabalho e acompanhado de mais três amigos saiu para beber, depois de curtirem bem a noite, sairam a pé e ao chegarem em um campo de futebol, Antônio recebeu uma cacetada, caido ao solo implorou por sua vida, pois sua mãe sofria do coração. Os agressores eram os mesmos amigos à quem ele patrocinara uma noite de farra, que após a agressão se apoderaram de um tenis importado e da carteira de trabalho pensando que o mesmo tivesse dinheiro só que ele pagava as contas com cheque. Os malandros já iam embora quando um deles falou: "vamos voltar e terminar o serviço, porque ele pode nos entregar para a polícia", e retornando ao local onde o jovem encontrava-se desmaiado, pegaram uma pedra e por três vezes arremessaram contra a sua cabeça, enrolando em seguida o corpo em uma lona preta de plastico, amarraram uma pedra grande e jogaram no meio do Rio Madeira.
A família após notarem a falta de Antônio passaram a procura-lo juntos com a polícia, e após investigações chegaram ao assassinos que, ao serem interrogados negaram a autoria do crime alegando que não tinham visto o jovem rapaz. Foram vários mêses de busca, até que o caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios, e a delegada titular começou as investigações e, no dia 13 de outubro do mesmo ano, dia do aniversário de Antônio os assassinos confessaram o crime. Foram presos, julgados e condenados a quatorze anos de prisão, conseguindo fugir anos depois, só que eram elementos tão perigosos que acabaram sendo todos mortos.
Até hoje nunca encontraram o corpo de Antônio.
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