O que os heróis nos ensinam
(lorenjose (resumo) Irina Eremia Bragin (autora))
O que os heróis nos ensinam
Herói é um ser que caracteriza pelo seu empenho em lutas, ele é capaz de abrir mão de seu bem estar por causa de um ideal.
É assim que Irina Eremia Bragin, fala de seu grande e inesquecível herói. Sua admiração a seu pai, Íon Eremia, que foi um importante general romeno, durante a segunda guerra mundial, apaixona-se e casa com sua mãe a bela e jovem atriz, Regina Boian, dessa união nasce dois filhos, Irina autora desta história e seu irmão.
O General aliado aos comunistas opunha-se ao governo na colaboração aos nazistas, numa de suas críticas que escreveu: “Gullever na terra das mentiras” lhe custou caro, foi levado a julgamento em 1958 e condenado a 25 anos de prisão.
Daí em diante, Irina Eremia Bragin com apenas cinco anos viu seu conto de fadas desmoronar-se, sem saber porque seu pai tão imponente e carinhoso, não mais aparecia para envolvê-la em afetuosos carinhos, tendo que sair de sua casa tão bonita e aconchegante, para ir morar ela sua mãe e irmão na casa da avó.
Em 1964, os prisioneiros políticos, foram anistiados, 6 anos se passaram e Íon Eremia, sai da prisão, entretanto houve o desapego familiar, pelos anos ausentes o elo amoroso parecia quebrado, a filhinha parecia desconhece-lo, depois de algum tempo a normalidade parecia tomar seu curso.
Mas a fatalidade parecia a não lhes dar trégua, morre o chefe de estado Gheorghe Gheorghiu-Dej, aquele que deu a liberdade política no país, entra Nicolae Ceausescu, inimigo ferrenho de Íon Eremia, a impossibilidade de sair do país era inevitável, com o coração partido incentiva sua mulher a sair do país, por ser judia tinha este privilégio.
Emigramos para a Califórnia, durante 25 anos só comunicamos com meu pai por cartas, conclue Irina, os amigos o criticaram muito pela separação da família, o consideravam um traidor, mas eu já o compreendia pela beleza de convicção de seus ideais, convicções opostas com as de minha mãe, não que ela aceitasse o erro para sobreviver, é que ela tinha o censo prático da sobrevivência na criação dos filhos, com garra nos fez sobreviver dignamente, já com meus dois filhos, também a entendia.
1989, derrubada de Ceausescu do poder, meu pai livre, visita a família nos Estados Unidos, com seus 76 anos, a felicidade era visível em seu rosto, queria aproveitar cada momento perdido longe dos entes queridos, até daqueles novos membros que não conhecia.
A emoção aumentou mais quando pude ler seu diário quando estava na prisão, começava dizendo: apesar de desfrutar de amplos privilégios, quando era oficial, proporcionar uma vida glamorosa `a família em que amava tanto! Mas como continuar a vendo o povo na miséria, sobrevivendo de migalhas? Precisava gritar, não silenciando minha voz, no país da Romênia!
Minha emoção chegou no auge, quando escuto a voz de Andy meu filho, que feliz da vida termina sua redação na escola, dizendo do seu grande herói o avô, Neclo como era carinhosamente chamado, descrevendo como ele lutou e sofreu pelo seu ideal, e mais expondo teu protesto por um ato injusto na escola, outro idealista, preciso mandar suas palavras escritas tão idealistas ao meu pai, pensei cheia de orgulho!...
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