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Formulações sobre os dois princípios psíquicos
(Sigmund Freud)

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Os processos mentais inconscientes eram o único tipo de processo mental, este se baseava no prazer- desprazer, denominado princípio de prazer, onde existia apenas a busca pelo prazer e buscava-se eliminar o desprazer.
O sonho é um exemplo real desta forma de processo mental, onde por meio de alucinações acabava- se formulando situações prazerosas para o sujeito, mas a ausência da satisfação esperada, o desapontamento experimentado levou ao abandono desta tentativa de satisfação. Podemos observar o mesmo tipo de funcionamento mental com os neuróticos e de forma mais acentuada nos psicóticos, onde há uma fuga da realidade de forma que o sujeito não tem consciência de realidade, ele acaba formulando uma realidade própria para não se “desapontar”.
Surge assim uma forma de pensamento onde se leva em conta o que realmente existe na vida externa, a este funcionamento foi dado o nome de princípio de realidade.
Mas um processo mental totalmente novo para o ser traz consigo outras modificações no sentido de adaptar o pensamento e até mesmo órgãos do corpo para este novo “ponto de vista”, as maiores ou mais significativas mudanças poderiam ser relacionadas aos órgãos sensoriais que passam a ter outro sentido e interagindo com o prazer- desprazer dão ao indivíduo a noção mais relevante da realidade, esta interação proporciona ao homem noções de ação, a forma dele interagir conscientemente com o meio externo, memória, para que se possa saber antecipadamente o que pode lhe acontecer se o fato já lhe ocorrera antes, etc.
Como anteriormente o princípio de prazer estava intrinsecamente ligado à alucinação, ocorre uma certa divisão e agora o fantasiar surge para “suprir” esta necessidade humana de se ver às vezes distante da sua vida normal.
Observa-se também que os instintos sexuais, que a princípio se comportam auto-eroticamente ( a pessoa passa a conhecer melhor o próprio corpo e passa a sentir prazer com ele) se tornam latentes e começam a se desenvolver a partir da puberdade, em conseqüência disso surge uma vinculação mais estreita entre o instinto sexual e a fantasia. A partir de uma educação desses instintos sexuais a pessoa busca não mais o auto-erotismo e sim um objeto fora de si.
O princípio de realidade à primeira vista pode parecer uma forma de retrair todo o tipo de ação prazerosa ao ser mas é justamente o oposto, o princípio de realidade surge para que o princípio de prazer seja menos exposto, ou melhor, para que o ser humano se exponha menos aos caminhos belos mas obscuros do princípio de prazer.
Tem que se tomar nota também da educação e da arte neste processo evolutivo humano. O primeiro surge para auxiliar o processo de desenvolvimento que afeta o ego, nas artes observa-se uma reconciliação entre os dois princípios. O artista busca uma fuga da realidade indo para o mundo da fantasia e ao mesmo tempo que ele tem os pés plantados na realidade sua cabeça fica no mundo da fantasia de forma que nem um lado nem outro se sobressaia.
Fica claro que o princípio de realidade é mais um processo onde o ser humano se vê à frente de outros animais na evolução mas o princípio de prazer por ser a base de todo este processo é tão importante quanto o princípio da realidade.



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