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A Voz do Fogo
(Alan Moore)

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Existem livros cuja descrição se baseia num simples e enigmático adjectivo: diferentes. Diferentes em quê? Neste livro, a diferença está, essencialmente, na forma descritiva, distinta do padrão literário que perigosamente se tornou regra.
Quanto ao autor, imaginava-o estranho, alternativo, quiçá até um pouco psicadélico. E apesar de tudo se ter confirmado, Alan Moore mostrou-se ainda mais surpreendente.


A Voz do Fogo é um livro de contos. Doze contos distintos, com doze datas e doze personagens distintas. Doze contos unidos por um local, por tradições e visões, por luxúria e loucura, e pelo fogo.

Doze contos que, embora dispersos numa escala de 6 mil anos, não passam de perspectivas de uma mesma história.
é um livro de contos. Doze contos distintos, com doze datas e doze personagens distintas. Doze contos unidos por um local, por tradições e visões, por luxúria e loucura, e pelo fogo. Doze contos que, embora dispersos numa escala de 6 mil anos, não passam de perspectivas de uma mesma história.

4 mil anos antes de Cristo, um jovem rapaz perde a mãe é expulso do seu bando. Assim nasce o primeiro conto, de todos o mais difícil de ler, devido à linguagem rudimentar, conto que é também a base para tudo o que se segue. É nele que muitos dos elementos comuns a toda a obra têm origem: estranhos cães pretos, pernas aleijadas e decepadas, cabeças degoladas, danação e mentiras...

Desde o primeiro conto, a sensação é a de admiração. Admiração pela simplicidade das histórias que, no entanto, se revelam incrivelmente imaginativas. É como se sempre soubesse que elas existiram, como se apenas as estivesse a reviver, tal é a sua compatibilidade com o mundo real.

No fundo, parece que a particularidade de todas as histórias resulta do próprio espaço geográfico, Northampton, local onde habita o próprio autor e que é o mais directo mote do capítulo final, por este protagonizado. A este local real junta-se a realidade de várias personagens e situações, de tal modo que ficção e realidade se desenvolvem em perfeita simbiose.

Por vezes o autor é demasiadamente (e propositadamente, diria) confuso o que não constitui um ponto a favor. Ainda assim, a leitura não é, de todo, monótona, já que somos repetidamente surpreendidos por bizarros acontecimentos, narrados de uma forma muito diversificada mas sempre alternativa e dinâmica.

O livro ideal para quem quer experimentar algo positivamente diferente.



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