Avaliação Multidisciplinar do Paciente Geriátrico-Terap. Ocupacional
(Arlindo Maciel)
A Terapia Ocupacional atua no sentido de inserir o paciente na comunidade onde vive, intervindo no desempenho funcional, cognitivo e social do indivíduo, de acordo com os problemas por ele apresentados.
Em relação aos pacientes idosos, o profissional atua em três esferas de intervenção: preventiva, de adaptação e de reabilitação. Em qualquer campo de atuação, o objetivo sempre será o de manter ao máximo a autonomia e independência. A área preventiva implica situações ocorridas em face de mudanças normais do processo de envelhecimento e o profissional age no sentido de impedir ou retardar comprometimentos na realização das atividades de vida. Ao nível de adaptação, o terapeuta usa estratégias compensatórias para ajudar o idoso a viver com uma incapacidade. E, finalmente, a reabilitação é realizada quando há perda ou redução da função, restaurando-a ou, quando não for possível, treinando o idoso a lidar com sua incapacidade. Esse último nível constitui o grande eixo de atuação do terapeuta ocupacional em Gerontologia.
Deve-se ter em mente que reabilitar é tão fundamental quanto prevenir a incapacidade, sendo um dever de toda uma equipe multiprofissional.
Em todos os níveis de intervenção descritos acima, é indispensável que se conheça o paciente, incluindo seus valores culturais, espirituais, dinâmica familiar etc. Isso é conseguido através de uma entrevista inicial, podendo-se estabelecer um bom relacionamento com o idoso. A seguir, parte-se para as avaliações para identificar habilidades e déficits, medir a gravidade dos mesmos e determinar seu impacto na vida diária. Para isso, existem testes, protocolos, escalas de avaliação e questionários já padronizados com a indicação do desempenho de uma pessoa de determinada idade. Através deles é possível realizar avaliação cognitiva (como a Loewenstein Occupational Therapy Cognitive Assessment – LOTCA), ou da capacidade funcional (como a medida de independência funcional – MIF).
Para escolher o melhor instrumento de avaliação é necessário que se considere o propósito da utilização, a aplicabilidade e as propriedades psicométricas do instrumento.
A avaliação do ambiente do idoso pode ser necessária em alguns casos. Através dela, o terapeuta ocupacional poderá selecionar e prescrever equipamentos adaptados, além de treinar o idoso no seu autocuidado e em atividades instrumentais.
Com isso, conclui-se que os métodos de avaliação devem ser práticos, aplicáveis à população avaliada, sensíveis (permitindo que as alterações de desempenho sejam documentadas), devem incluir funções das AVDs e AVPs e a natureza das dificuldades funcionais.
É através da avaliação que se implementa um programa de intervenção terapêutico. Por isso, é tão importante cuidar para que problemas não passem desapercebidos e possam causar dificuldades para o paciente.
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