A Pechincha. Este Espírito de Miséria.
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Insconscientemente a manutenção do estado de miséria passou a ser uma necessidade dos governantes brasileiros. Num país de exuberâncias naturais, de solo elogiado desde Pero Vaz de Caminha é inconformável ver de forma tão acentuada a miséria reinando tão soberana em solo nacional.
Não existe exemplo mais elucidador que nossos jogadores de futebol. Temos os melhores e mais bem pagos jogadores do mundo. Só que nosso país não tem a honra de mantê-los sob seu solo. Pelo contrário tornam-se os mais ricos produtos de exportação que a pátria pode produzir.
É oportuno manter o brasileiro num estado miserável de vida, e uma das formas de permtir a atuação do espírito de miséria sobre estes é a tão praticada: pechincha.
Há alguns anos atrás era vergonhoso pechinchar. Sou daquele saudoso tempo em que as pessoas não adquiriam aquilo que seu parco dinheiro podia comprar, antes adquiriam sim aquilo que de fato desejavam. A fartura era uma realidade prática.
Fazendo parecer que as pessoas estão sendo cuidadosas, economicamente, o espirito da pechincha as mantém sob um cativeiro de miséria o qual passou a ter uma atuação nacionall. Ele desvaloriza a competência profissional, trazendo esta a níveis ridículos.
Para pessoas que não são do tempo em que era vergonhosa esta prática parece uma espécie de vida impossível de ser vivida: não pechinchar. Pois nunca experimentaram a possibilidade de comprarem aquilo que de fato desejaram, mas somente aquilo que seu miserável dinheiro pode comprar.
A miséria estabelecida pela pechicnha fez com que nestes últimos trinta anos, um número extremamente alto de brasileiros tenham fugido de sua pátria afim de tentarem uma melhor sorte onde possam ter a devida valorização dos seus esforços.
Com o valor que Empresas pagam LEGALMENTE nossos trabalhadores por um DIA de onze horas no Brasil, na Europa um valor como este não pagaria UMA HORA de serviço. Ou seja, um ano trabalhado no exterior significa trabalhar dez no Brasil. Ou seja, nossa LEGISLAÇÃO patrocina a prática da miséria através da pechincha fazendo esta parecer necessária.
Mas ela não é senão o caminho para que o processo político através de seus agentes se aproveite da riqueza que está nas mãos dos eleitores, que é o seu voto. Sem o qual nenhum político legitima sua aspiração pelo poder.
Utilize um político nosso a estratégia de oferecer cestas básicas, ou a construção de hospitais públicos, creches, Postos de Saúde, etc.., no bairro do Capivari em Campos do Jordão na época da Temporada de Inverno, onde a opulência toma conta da Av. Macedo Soares. Com certeza este político não receberá um único voto. Além, de ter sua proposta de governo desmoralizada.
Um povo faminto e necessitado faz qualquer coisa pela possibilidade de um trabalho, ainda que esse desvalorize sua capacidade profissioanal a níveis humilhantes. Trazidos a este estado miserável de vida os brasileiros são docilmente conduzidos por este espírito malígno que escraviza ainda e de forma degradante nosso país.
Deixem as pessoas de utilizar essa prática vexatória e desvalorizadora da pechincha e contemplarão um estado de fartura que os tempos atuais não conseguiram alcançar..
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