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Quincas Borba
(Machado de Assis)

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Quincas Borba é o título do segundo livro da chamada fase realista ou segunda fase de Machado de Assis que vai de 1881, com a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, a 1908, com “Memorial de Aires”. O personagem Quincas Borba aparece pela primeira vez em “Memórias Póstumas”, estudou com Brás Cubas, empobrece, acaba mendigo, depois enriquece e cria uma filosofia, a Humanitas.
No livro “Quincas Borba”, este aparece debilitado numa cama, quase morrendo, com um cachorro a quem havia dado seu próprio nome e um enfermeiro: Rubião, que havia sido também professor, mas que passava agora seus dias a cuidar do amigo enfermo. Quincas Borba tenta ensinar sua filosofia a Rubião, mas este não a compreende, apenas guarda a frase: “Ao vencedor, as batatas!”, que não entende, mas considera significativa. Quincas Borba resolve ir de viagem ao Rio de Janeiro (encontrava-se em Barbacena-MG) resolver negócios seus, acaba morrendo por lá. Ao abrir o testamento, uma surpresa: Rubião era o herdeiro universal do filósofo, contanto que cuidasse do cachorro Quincas Borba com a própria vida. Rubião assume para si esta “tarefa”, e embarca ao Rio de Janeiro (junto com o cão) para tomar posse das propriedades do defunto que lá ficavam.
No trem, conhece o casal Cristiano e Sofia Palha, pertencentes à burguesia da época, estes logo se tornam amigos de Rubião, interessados em sua fortuna recém-adquirida e Rubião também simpatiza com o casal, principalmente com Sofia, que segundo Rubião possuía olhos e ombros magníficos (os olhos e membros superiores femininos são obsessões machadianas). Rubião começa a viver (com o cão) em uma das propriedades do Rio de Janeiro. Faz visitas freqüentes aos Palha, torna Cristiano seu sócio. Até que uma noite, não agüentando de desejo contido, se declara a Sofia, no jardim da casa desta, sob a lua. São interrompidos por um major que tinha uma filha solteirona interessada em Rubião. Sofia não cede ás investidas de Rubião, e as reprova. Conta ao marido, porém, para este ter acesso à fortuna do Rubião, não podia se envolver em brigas com ele e omite-se. Uma prima do casal, Maria Benedita, vem do interior, Palha tenta casá-la com o sócio, mas este só tem olhos para Sofia. A prima acaba por se casar com Carlos Maria, jovem altivo, cético e rico, que também já havia tentado seduzir Sofia, pois esta era muito bonita, além de usar decotes generosos nos bailes e festas que freqüentava, por vontade do próprio marido que gostava de mostrar aos outros o que era só dele, para causar-lhes inveja.
Neste meio tempo Rubião conheceu um doutor Camacho, metido com política, e Rubião se interessou também muito por política, chegando a contribuir com dinheiro para que o jornal de Camacho continuasse a ser publicado.
Certo dia Rubião salva um garoto de ser atropelado e morto por cavalos, Camacho publica este feito em seu jornal. Rubião se dava muito bem com Quincas Borba, o cão, afinal era este quem garantiu sua fortuna, às vezes o batia, mas sempre o agradava, o cão presenciava almoço e jantar e era como se fosse humano. Rubião achava Quincas Borba muito expressivo e por vezes, apesar de não crer na metempsicose, quase acreditava que o Quincas Borba de agora tinha algo do de antes, do filósofo, do defunto, mas Rubião fugia a estas idéias, apesar de retornarem em várias ocasiões.
Rubião certo dia pediu ao barbeiro que viesse à sua casa e fizesse sua barba como a de um busto de Napoleão IV que possuía em sua casa. A partir daí começou a delirar, pensava que era Napoleão e que Sofia era uma amante sua, prometia torná-la baronesa, condessa, e outros títulos, por não poder fazê-la imperatriz. Falava sozinho e delirava. Na rua, enquanto caminhava, um verdadeiro séquito de garotos o acompanhava gritando-lhe insultos, entre estes garotos estava o próprio menino que ele salvara anos antes.
Palha acha melhor interna-lo num hospício com o pouco dinheiro que restava ao Rubião, pois ele havia gasto muito ultimamente, enquanto Palha prosperava, desatada a sociedade. Rubião foge do manicômio com Quincas Borba, e retorna com ele a Barbacena, a pé. Lá chegando, seus últimos conhecidos o encontram e cuidam dele, mas Rubião logo falece, repetindo sem cessar: “Ao vencedor, as batatas!”.
Machado de Assis conclui o livro dirigindo-se ao leitor e deixando a este a tarefa de decifrar se o título do presente livro se refere ao cão ou ao filósofo.



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