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Ricardo III
(William Shakespeare)

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      Nesta peça Ricardo III é a personagem principal, um homem sedento de poder , disposto a qualquer coisa para atingir os seus objectivos, mas não de um forma aberta e franca.Richard é um mestre do disfarce e só revela as suas  verdadeiras intenções e pensamentos  nos solilóquios.No primeiro solilóquio, Ricardo dá a conhecer ao espectador que a casa de York trouxe estabilidade a Inglaterra. Estabelece uma comparação entre a situação presente e aquilo que era o passado e faz uma avaliação. Segundo ele os soldados encontram-se ociosos e o país já esteve em melhor situação.Ricardo faz também a sua auto-caracterização física e psicológica, confessando o seu desconforto com a situação actual  e opondo-se por isso ao resto das personagens. A forma como ele se descreve, leva o espectador a crer que ele é «empurrado» para o mal, já que a sua natureza não o deixa ser um amante. Ao fazer a sua descrição e a dos outros percebemos que ele tem um profundo conhecimento da natureza humana e que tira proveito disso para os manipular. Ele nunca age directamente, usa os outros para obter os seus objectivos. O primeiro objectivo  da sua estratégia é não deixar sucessores directos ao trono quando o rei morrer.                                                                                                                                                   
      Anne, viúva , acompanha o marido morto, expressa o seu lamento num monólogo e depois assistimos ao diálogo entre Ricardo e Anne. Neste diálogo Anne amaldiçoa-o , mas Ricardo toma uma atitude de submissão para tentar conquistá-la, é persuasivo para tentar controlar as atitudes e sentimentos de Anne. Diz-lhe que ela é uma deusa com poder transformador e chega mesmo a entregar-lhe a sua espada e confessar alguns dos seus crimes. Ela fica contente com o aparente poder que exerce sobre ele e  a dúvida  instala-se na sua mente, até ao ponto em que deixa cair a espada , mostrando com esse gesto que aceita os argumentos dele .
      Neste  novo  solilóquio  Ricardo faz o seu auto -elogio e também revela o seu desprezo por Anne. Por um lado sente-se orgulhoso pelos seus feitos e até se compara ao príncipe morto, no entanto quando fala dela diz sentir   desprezo pela fraqueza dela , como se ela tivesse sido infiel. Ele distancia-se de si mesmo, vê  como realmente é  e representa um papel para os outros do qual ele tem plena consciência. Na segunda parte desta cena  temos vários outros assassinatos, de forma a Ricardo conseguir os seus planos, por outro lado temos um diálogo com a rainha em que ele se faz passar por um simplório  e tenta incriminar a família dela de tentar usa -la para viverem às custas dela.
       A Rainha  é uma figura que acredita na justiça como uma forma de retribuição, faz premonições sobre aquilo que irá acontecer a Ricardo, ele é visto como um flagelo de Deus para castigar todos os culpados, de forma a que Henry VII possa levar Inglaterra a uma situação gloriosa. Ricardo tenta combater o ciclo de retribuição que ela refere, mas não consegue, transmitindo-nos a ideia de que ninguém consegue fugir ao seu destino. Por fim Ricardo num novo solilóquio faz o resumo dos acontecimentos e revela as intrigas  que fez para conseguir que acreditem que os culpados são os parentes da rainha.
      No ultimo acto, Ricardo tem um sonho premonitório sobre a sua própria morte, mas também é um sonho onde lhe aparecem os fantasmas dos que ele já mandou matar. Richard que por intermédio de Buckingham já tinha mandado matar todos aqueles que poderiam ameaçar os seus planos , começa a perder o controle e a revelar insegurança, parece quase patético ao revelar a sua auto compaixão por as pessoas não gostarem dele.. Richmond por outro lado é apresentado como  o salvador da pátria  ,  o pretendente da filha da rainha, ele traz a esperança.Na véspera da batalha são apresentados como a antítese um do outro , enquanto Richard encarna o mal, Richmond encarna o bem, a salvação.No ultimo solilóquio , Richard quer um cavalo para conseguir sobreviver, dispõe-se a ceder o seu próprio poder por um cavalo, ou seja , pela sua vida.



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