O Renascimento _ parte II
(Mario Furley Schimidt)
Os artistas do Renascimento acreditavam que tudo o que era bonito tinha formas geométricas precisas e equilibradas. Por isso, a arte renascentista era proporcional e baseada em figuras matemáticas, como a esfera, o cubo, o triângulo, pirâmide. A matemática geométrica e a beleza artística andavam juntas e atuavam em perfeita harmonia.
A Teoria Heliocêntrica (do grego Hélios = sol), de Copérnico representou uma revolução extraordinária no conhecimento humano: a Europa descobria que a terra não estava no centro do universo.
A obra de Nicolau Copérnico _ astrônomo polonês ( 1473/1563) _, foi um sucesso total entre os astrônomos renascentistas.
Mas a igreja sentiu sua autoridade desafiada _ apoiava a Teoria Geocêntrica, afirmando que ela se baseava em passagens da Bíblia _, e proibiu que se apoiassem a Teoria Heliocêntrica.
No mesmo ano em que Copérnico apresentou sua teoria _ 1543 _, o médico holandes Versalies lançou seu célebre livro de Anatomia Humana. Em vez de confiar na tradição e se curvar diante da autoridade dos antigos, Versalies preferia a experiência e a observação.
Os médicos medievais estudavam o corpo humano em livros antigos, como os do médico greco-romano Galeno _ século II d.c. _.
O escritor renascentista italiano Pico Della Miranda escreveu um livro cujo título era: ´´ A Dignidade do Homem.``
Na Idade Média, quase todos os intelectuais _ pensadores que escreviam livros sobre filosofia, política e ciências _, eram do clero.
Os intelectuais renascentistas podiam até serem católicos, mas não precisavam mais ser, necessariamente padres ou monges.
No Renascimento a vida cultural foi secularizada, isto é, afastada do domínio da igreja.
Os artistas não representavam mais apenas cenas da bíblia, mas também cenas de batalhas, figuras humanas da época, objetos do cotidiano, deuses da mitologia grega e romana.
O italiano Nicolau Maquiavel, homem do Renascimento, estava preocupado com a vida prática aqui na terra. Ele queria conhecer realmente como era a sociedade, não como ela deveria ser.
O italiano Leonardo da Vinci _ 1452/1519), era um típico renascentista, ele tinha uma enorme curiosidade a respeito da natureza, tanto científica quanto artística. Foi escultor, engenheiro, músico, estudioso de botânica e zoologia, pesquisou a anatomia humana. Pintou a mais conhecida obra de todos os tempos: a Mona lisa.
Os renascentistas acreditavam que o ser humano faz parte da natureza. Conhecer a natureza era uma maneira de conhecer melhor o ser humano.
As pinturas e esculturas renascentistas exibiam o corpo de homens e mulheres para expressar o gosto pela beleza do corpo, a consciência de que o ser humano não é apenas alma, mas também carne, pele, ossos, sentidos, pé no chão e vida na terra.
Nos séculos finais da Idade Média, a filosofia oficial da Igreja Católica foi chamada de Escolástica. Baseava-se principalmente na obra de São Tomás de Aquino, um grande pensador da igreja do século XIII. Tomás de Aquino adaptou a filosofia do grego antigo Aristóteles _ que viveu no século IV a.c. _, às idéias religiosas do cristianismo, passando Aristóteles a ser muito admirado e ensinado nas universidades.
Os intelectuais renascentistas foram chamados de Humanistas.
O individualismo foi um dos mais importantes ideais dos Humanistas. Eles diziam que cada pessoa deveria ter sua própria maneira de se aproximar de Deus, de interpretar as passagens da Bíblia. Essa proposta influenciou a Reforma Protestante, no século XVI.
Os poetas renascentistas achavam bonito invocar deuses antigos _ Apolo, Zeus_, embora não acreditassem neles.
O Renascimento começou na Itália e foi lá que alcançou seu maior esplendor.
Nas cidades-estados italianas moravam os mecenas, que eram nobres e burgueses que gostavam de apoiar os sábios e artistas.
Foi nessa época que viveu o grande poeta Dante Alighiere _ 1265/1321 _, na sua famosa Divína Comédia, Dante descreve a vida após a morte: no inferno, no purgatório e no paraíso. O tema religioso era tipicamente medieval, mas, o tratamento dado pelo poeta já era renascentista.
O escritor Boccaccio _ 1313/1375 _, deixou uma coleção de contos humorísticos, o Decamerone. São histórias engraçadas e críticas sobre mulheres que traem os maridos, comerciante vigaristas, padres safados, rapazes que conquistam belas damas, autoridades desonestas.
Boccaccio valorizava o hedonismo do Renascimento.
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