O Renascimento _ parte III
(Mario Furley Schimidt)
Nos séculos XV e XVI, o Renascimento italiano atingiu sua maturidade.
O grande pensador italiano renascentista foi Giordano Bruno _ 1548/1600 _, nos seus livros dizia que o universo é infinito e que cada pedaço da realidade é uma parte da substância de Deus.
Essa visão religiosa de que tudo faz parte de Deus é chamada de Panteísmo.
Giordano Bruno acabou traído, preso e condenado à fogueira por heresia.
O Renascimento foi o tempo da coragem e da ousadia.
Sandro Botticelli _ 1444/1510 _, pintava com delicadeza e poesia, que podiam ser observadas em seus quadros, como ´´O Nascimento de Vênus``, por exemplo.
Rafael Sanzio _ 1483/1510 _, morreu jovem, mas criou quadros tão harmoniosos que se tornaram um modelo de perfeição na arte. Especiais são suas Madonas, ou seja, pinturas de Maria e seu filho Jesus Cristo.
Michelangelo Buonarroti _ 1475/1564 _, foi um grande pintor e escultor. Seus homens e mulheres tem corpos nas posições mais incríveis, ressaltando ao máximo o quanto pode ser bonita a anatomia humana.
Na Matemática, o italiano Cardano criou _ 1543 _, os números negativos, ou seja, menores do que zero {-1,-2,-3... ...}.
O holandes Stevin mostrou _ 1586 _ que as frações podem ser escritas com números decimais {a fração 1/4 pode ser escrito como 0,25}.
Na Física, as grandes revoluções seriam destacadas no final do Renascimento com o polonês Copérnico e o italiano Galileu _ 1564/1624 _.
A Química ainda não existia como ciência. O que existia era a alquimia, que misturava curiosidade científica com misticismo.
Os alquimistas descobriram coisas importantes como fazer alguns ácidos e tipos de álcool. Mas também perderam tempo procurando a pedra filosofal, que seria capaz de transformar metais em ouro.
Os valores renascentistas se espalharam da Itália para outros países europeus, onde adquiriram características da cultura de cada nação.
Na França brilhou Rabelais _ 1490/1553 _, sua obra: ´´Gargântua e Pantagruel`` é engraçadíssima e conta a vida de uma dupla de gigantes comilões. Para Rabelais, o carnaval inverte tudo _ o tolo vira sábio, o pobre vira rei, o homem vira mulher, o humano vira bicho _, e pode ser uma maneira inteligente de revelar criticamente a realidade.
No Humanismo frances houve também o filósofo Michel de Montaigne _ 1533/1592 _, em ´´Os Ensaios`` ele conclui que no mundo existem opiniões diferentes e que ninguém é dono de uma verdade absoluta. ´´O homem é a medida de todas as coisas```, antiga frase grega adotada por Montaigne.
Na Espanha, foi escrito o livro mais célebre da humanidade: Dom Quixote de La Mancha, de Miguel Cervantes _ 1574/1616 _.
Em 1455, o alemão Gutenberg publicou uma edição da Bíblia, que foi o primeiro livro impresso da Europa. Antes eles eram feitos a mão e caríssimos.
Na Alemanha o Renascimento misturava-se ainda com idéias medievais. Os maiores artistas foram os pintores Holbein e Durer, famoso por suas gravuras habilidosas expressando idéias profundas.
Na Inglaterra viveu o mais extraordinário poetas e autor de peças de teatro de todos os tempos: Willian Shakespeare _ 1564/1616 _,na peça ´´Hamlete``, o jovem príncipe da Dinamarca está dividido entre a vida passiva, medíocre mas confortável, e as glórias e riscos das grandes atitudes. ´´Há mais coisas entre o céu e a terra do que são sonhadas em nossa filosofia``, concluiu Shakespeare. Romeu e julieta eram personagens de uma peça passada na Itália Medieval, mas no fundo refletiam os ideais individualistas do Renascimento: O amor do casal desafiou as convenções sociais.
O mais influente Humanista foi o holandês Erasmo de Roterdã _ 1466/1536 _, em ´´ O Elogio da Loucura`` Erasmo ironiza a ignorância e a desonestidade intelectual. Criticou monges e filósofos. Apesar de suas críticas ao clero, Erasmo sempre foi católico. Mas sua obra acabou por inspirar a Reforma Protestante.
O português Luís Vaz de Camões _ 1525/1580 _, foi um dos maiores poetas do Renascimento. Nascido numa família da pequena nobreza, unia a ação com o pensamento. Lutou contra os mouros em Celta (marrocos), e perdeu um olho. Participou das grandes navegações, combateu piratas na índia e sobreviveu a um naufrágio na China. Sua maior obra foram os poemas de ´´Os Luziadas``, onde descreve a viagem de Vasco da Gama à Índia.
Na mentalidade renascentista há separação entre fé e razão. A fé deve prevalecer no sentido religioso, mas a razão deve ter prioridade sobre a fé quando o assunto é o estudo da natureza.
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