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Música POPULAR BRASILEIRA - UTOPIA E PAIXÃO
(Asuca)

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Há muito que Rita Lee já se perguntava e nos levou a questionar, ou a pelo menos pensar, sobre “o que foi que aconteceu com a Música Popular Brasileira”.

Sabemos do papel positivo e do nocivo da mídia, das grandes gravadoras e distribuidoras de discos, dos canais de tv e das rádios. O nocivo é que, seguindo o caminho que leva ao lucro bilionário, de forma rápida e fácil, a mídia não se conteve e lançou nas últimas décadas, semana após semana, (para não dizer dia após dia) artistas, cantores e cantoras, de talento duvidoso, exibindo canções – se é que assim podemos considerar –, pobres em melodia, paupérrimas em poesia, chatérrimas em assunto. Aliás, tem chegado a nossos ouvidos cada coisa sem assunto...

Certo é que numa era em que impera a idéia de que peitos, bundas, sexo vulgarizado, têm mais vez e voz que palavras bem ditas e notas musicais harmoniosas, não podemos esperar muito além de tchans, lacraias, melancias, créus, etc e tal.

Eu me pergunto se os magnatas da distribuição de discos, se os responsáveis pela propagação da música que deveria ser a cara do nosso Brasil (de profunda riqueza cultural), são capazes de dormir sono tranqüilo, próprio àqueles que não devem nada a ninguém.

Se deitam e dormem tranqüilos, são, no mínimo, descompromissados com a verdade. Sim, porque a verdade cultural de nosso país é orgulhosamente e absolutamente muito diferente do compacto miserável que assistimos nas tvs e ouvimos nas rádios. O que se vê e o que se ouve, está muito aquém do que é brilhantemente produzido por cidadãos artistas brasileiros.

Aproveitando da fragilidade cultural da grande massa, da ignorância, da inocência de pessoas que não tiveram acesso à riqueza artística nacional e universal, não pensaram nas conseqüências que todo um país pagaria a duras penas, desde tanto tempo.

Afinal, o que não é conhecido não é querido! E o que se conhece é o que prevalece.  

O povo ouve o que gosta de ouvir! É a desculpa que dão os fazedores de programas musicais, numa tentativa de abrandar a dor de consciência que deveriam de ter. Importante entender, no entanto, que o povo gosta de ouvir o que aprende a gostar, na marra, no foice da insistência bruta do que lhe é imposto aos ouvidos.

Problema é que esta realidade não deve mudar tão cedo, porque não é de interesse dos manda-chuvas culturais. Por mais que estejam pagando um preço (os lucros exorbitantes diminuíram), o ruim ainda é muito bom.

Arrisco em dizer que a pirataria é um castigo merecido para as gravadoras (um tiro que saiu pela culatra) e um custo alto, desmerecido e cruel, para os talentosos e necessários compositores, instrumentistas, cantores brasileiros e de todo o mundo.

Contudo, espero poder assistir um dia ao surgimento de um movimento cultural que tome conta do país, bem fundado e engajado, bem direcionado, bem disposto e persistente, que levante uma bandeira de BASTA LIXO CULTURAL.

E lute, lute com todas as forças, porque todas elas ainda serão poucas.

Conhecimento, utopia e paixão!



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