Leões e Cordeiros (Lions for Lambs) ( Robert Redford, Tom Cruise),
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Leões e Cordeiros (Lions for Lambs) (2007)
No estilo filme coral, em Leões e Cordeiros, três histórias simultâneas se interconectam em locais distintos: Washington, Califórnia e Afeganistão. Embora a conexão seja talvez ainda mais direta do que em Siriana (George Clonney) e Babel (Brad Pitt), outros filmes que utilizaram a mesma estratégia narrativa.
Leões e Cordeiros (Lions for Lambs) (2007) é um filme dirigido é produzido por Robert Redford, com o próprio Redford, Tom Cruise e Meryl Streep nos papéis principais. Além destes, três outros jovens atores (Andrew Garfield, Derek Luke e Michael Pena) completam o elenco principal.
Na década de 1990, Silviano Santiago, crítico cultural brasileiro, afirmava em “Leitor e Cidadania” que a fragmentação narrativa era uma forma de contestar os estados-nação modernos.
Em comum, os três filmes coral, com astros de Hollywood, fazem uma crítica ao sistema. Mais do que os outros, a crítica ao governo Bush, ao partido republicano e a atuação da imprensa é muito mais direta em Leões e Cordeiros.
Contudo, esta é a minha leitura, a construção do senador republicano Irving (Cruise) pode não ser vista de forma tão negativa por aqueles que defendem o engajamento dos EUA na luta para levar a civilização aos “medievais” afegãos, bem como a do professor Malley (Redford) não ser positiva para aqueles que acreditam que os professores não devem se engajar em educar seus alunos para contestarem leituras sociais dominantes.
O tempo sincrônico da narrativa também desperta a atenção. Durante os 92’ de duração do longametragem, as três histórias acontecem em aproximadamente uma hora e meia cada: a história de um professor que deseja inspirar seu aluno para que não desperdice seu talento; do político republicano que quer convencer a veterana jornalista de que há uma estratégia infalível para vencer a guerra ao terror; e dos jovens soldados das tropas especiais que entraram literalmente numa fria nas montanhas geladas do Afeganistão.
Além de possível ambigüidade de significados, um aspecto que muitas vezes esta associado a narrativa fragmentada e que apresenta visões heterogêneas e polifônicas, o filme vale pelo final que surpreende, não tanto pelos acontecimentos, previsíveis em filmes alternativos, mas inesperados por se tratar de um blockbuster americano, com tantas estrelas.
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