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Do uso a dependência - Parte II
(Jose Augusto)

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DO USO A DEPENDÊNCIA – Parte II

A DEPENDÊNCIA (OU ADICÇÃO)

A tolerância mostra claramente a adaptação do organismo a uma presença freqüente ou contínua de uma droga (ou de várias). Essa adaptação aumenta a tal ponto, que a presença da droga se torna imprescindível, ou seja, a falta dela provoca um desarranjo no organismo, que se manifesta por um mal-estar físico e mental, chamado de síndrome de abstinência. Essa síndrome, na realidade, é o indicador mais seguro da existência de uma dependência, ou seja, revela-se pelas manifestações que sua ausência causa.
A Organização Mundial de Saúde cita 6 critérios, que indicam a existência de uma dependência:
_ um desejo forte ou uma compulsão para o consumo de uma substância psicoativa;
_ diminui o controle sobre o início, o fim e a quantidade de consumo de droga;
_ ao interromper ou reduzir o consumo surgem sintomas de privação (não apenas físicos – inquietação, irritação, insônia, falta de concentração, mau-humor, abatimento são sintomas marcantes);
_ existe tolerância à droga;
_ outros interesses ou são negligenciados em favor da obtenção ou do consumo da droga, que passa a ser o centro das preocupações e programações – ao mesmo tempo, necessita-se de mais tempo para se recuperar do consumo;
_ apesar da clara percepção das conseqüências prejudiciais do uso da droga e apesar do conhecimento a respeito dos danos, o consumo continua.

Conforme os profissionais da área, uma drogadependência (dependência não ligadas a substâncias, mas hábitos e comportamentos como, por exemplo, o jogo de azar) é diagnosticada quando a pessoa apresentou pelo menos 3 desses critérios simultaneamente, durante o último ano. Nessa situação, a dependência provoca um comportamento compulsivo, que foge da capacidade de controle dessa pessoa e o consumo de droga é a preocupação de máxima importância. É a dependência patológica, ou seja, a dependência com características de doença.
No campo específico do alcoolismo foi desenvolvido um teste, chamado CAGE, para a determinação da existência ou não de dependência, o qual, no entanto, pode ser ajustado e aplicado também para outras dependências. À pessoa são formuladas as seguintes perguntas:
_ Você alguma vez sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber (cut-down = diminuir)?
_ Você fica aborrecido quando as pessoas criticam seu modo de beber (annoyed = aborrecido)?
_ Você se sente culpado pela maneira como costuma beber (guilty = culpado)?
_ Você costuma beber de manhã para diminuir o nervosismo ou os sinais de ressaca (eye-opener = trago matutino)?

Considera-se um resultado positivo – ou seja, existência de dependência – quando duas ou mais perguntas são respondidas de forma afirmativa.
Às vezes é preciso formular as perguntas do teste CAGE de forma camuflada ou apresenta-las embutidas em outras perguntas, já que todo dependente, tendo plena consciência da sua condição, tende a encobrir sua dependência – salvo quando está disposto a romper o círculo vicioso em que se encontra. Uma das características da dependência é exatamente sua negação, porque admitir ser um dependente significa ter de admitir críticas, mas também ter de aceitar a ajuda oferecida – ambos fora de cogitação para o dependente. Ele simplesmente não consegue enxergar o dia de amanhã sem sua droga! E talvez já tenha tentado algumas medidas em busca de redução ou eliminação da droga em sua vida, mas as manifestações da síndrome de abstinência – às vezes terríveis – fizeram-no desistir do plano.
A resposta é curta, grossa e não admite compromisso ou meias medidas: parar já, e parar definitivamente o consumo da droga! Já, porque entre aqueles que pararam, um arrependimento é comum: por que não parei mais cedo, quantas perdas eu poderia ter evitado?
Definitivamente, porque, para o dependente, não existe retorno a um padrão anterior de consumo mais moderado, por exemplo, voltar a beber socialmente, a dependência é uma doença que está irremediavelmente instalada na pessoa, e não há cura para ela, mas sim, recuperação. Isso soa cruel, mas no meio das inúmeras experiências feitas, tentando encontrar formas mais suaves, esta tem se revelado a única efetiva.



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