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A Complexidade da Morte
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A Complexidade da Morte

    Falar sôbre a morte, não é nada fácil, tendo em vista a interpretação de uma realidade inerente ao mundo dos vivos.
   A morte muitas vêzes, chega de surpresa, mesmo quando o indivíduo se encontra em estado de saúde delicado. Ele, lutando pela vida de um lado e do outro, parentes e amigos, esperançosos por sua recuperação.
   Na racionalidade dos homens, afirma-se que a única certeza da vida é a morte, mas, a grande maioria a temem e se pudessem adiariam-na sempre.
   Num estudo mais aprofundado sôbre o tema 'morte', Edgar Morin, o criador da Teoria da Complexidade, discorre sobre o mesmo.
   Morin, revela a Complexidade, não como a chave do mundo, mas o desafio a enfrentar as questões que atormentam o homem no mundo e a dificuldade do mesmo em encarar a realidade da vida. 
   A definição da Complexidade: 
   são os acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem o nosso mundo fenomenal.
   A complexidade apresenta-se com os traços inquietantes da confusão, do inextricável, da desordem, da ambigüidade e da incerteza. Por isso, a necessidade de conhecimento, para por em ordem os fenômenos, rejeitando a desordem, afastando incertezas. 
   E a morte? Lexicamente significa: o fim da vida. Fim. Grande pesar. (HOUAISS,2001:303). 
   Para o autor do Complexo, a morte pode ser entendida como objetividade da subjetividade da objetividade. Vejamos:
   - A objetividade, é a tradução do momento em que o indivíduo recebe a notícia da morte. É o impacto. 
   - A subjetividade, é a inaceitabilidade do fato. A sua imcompreensão.
   - A objetividade da subjetividade, é a consciência da irreversibilidade da morte. Da sua concretude e sua possível aceitação.
   O horror da morte é a perda da sua individualidade. É a consciência de um possível vazio. De um nada, que se abre onde havia plenitude individual.
   Mas será que a morte é um fim em si mesma? 
   O homem, desde os primórdios, esforça-se em explicar a morte. A produção científica tem ampliado seu universo de pesquisas.
   Através das propostas teóricas e mesmo práticas, o objetivo do humano é a compreensão da finitude do ser.
   Nas ciências médicas, hoje, independentemente do quadro econômico de cada país, o mundo dispõe a seu favor de tecnologia de ponta para descobrir as causas e efeitos das doenças responsáveis pela aflição da humanidade. As ciências cognitivas estão convictas de que as novas ciências da mente precisam ampliar seus horizontes, inserindo a experiência humana de todos os tempos.
    As ciências humanas, têm produzido em larga escala, material de consistência no que tange pesquisa acadêmica e cultural em prol da humanidade. No entanto, todas incapazes de livrar o homem da morte.
    E o que resta então para o ser humano diante da veracidade de sua impotência frente o fim?
    Isso,  não é o fim. O fim está na desistência de continuar vivendo na mesma ambiência em que pairam o desconhecido, o medo, as dúvidas, as incertezas, a ausência de harmonia entre o ter e o ser.
    Para conviver com a idéia de sua finitude, o homem precisa acreditar na complexidade de tudo que o rodeia no universo, ampliando sua capacidade de entendimento sobre o significado da tríade: “natureza, espécie e humanidade”. 
    A complexidade aponta para o elo entre a vida e a morte de maneira estreita, profunda, jamais imaginável no plano metafísico. A morte não é simples, ela mesma aponta para um processo vivido por etapas até que ela própria atinja o almejado fim, são eles:

Início do Morrer /Morte Clínica / Morte Fisiológica /Morte Aparente e Morte Real. 

    Mesmo assim, o ser humano pode optar em não por um ponto final na finitude. A própria morte ensina como continuar a vida, eis aí mais um paradoxo. Quando alguém morre, as atitudes práticas, burocráticas, financeiras e racionais são providenciadas pelos que “ainda” estão vivos.
    Muitas outras  idéias movem o homem num sentido positivo diante do fenômeno da morte, proporcionando qualidade de vida para a parcela da humanidade adepta ao convite das diversificadas filosofias, cujo intuito é aproximar-se do mistério do “morrer” mesmo sabendo que é indecifrável. 
    Enfim, o morrer não deixa brechas para possíveis indagações. É uma experiência una, portanto, o homem só desvenda o segredo quando chegada a sua vez.
    Mas, apesar de decisiva, a morte pode ser compreendida, sentida, chorada, de maneira sadia, eficaz,apreendendo do fato as melhores lições de vida e de amor das pessoas que fazem parte do mundo e do universo particular de cada um.



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