Trapiá
(Caio Porfirio Carneiro)
Caio Porfirio Carneiro, 1928 - Fortaleza-Ce, publica aos 33 anos de idade seu primeiro livro..
Trapiá é um livro de pequenos contos, que vem com um enredo rural, falando sobre a agricultura, terras ásperas (Que é caracteristica marcante do nordeste brasileiro), brigas entre coroneis, velhos ranzinzas que vivem abandonados, muleques de esquinas que vivem a caçoar da cara alheia.
Um livro de conto bem tipicamente regional. Poderiamos nos questionar o porquê de ser regional, mas seria fácil a resposta para tal questionamento. Ao desenrolar dos contos, vai-se percebendo uma lignauagem mais coloquial, que não é comum em cidades grandes, ou seja, é uma linguagem tipica da região: “potoca’, “de vera”, “tapuru de gente’, “mucuim do inferno”, “embiocado”, “cumaru”, “canarana”, “mofumbó”, “varejão”, “pega-pinto”, ton-fraco de capote”, “neu”, “desbilotada” “maluvido”, “manga”, “baticun’, “capionga”, “cansansão”, “mode”, “cachimbeira”, “gasguito” e “pitombeira”. Embora o uso dos tais termos citados seja constante no texto, podemos perceber também que não deixam o texto incoeso, já que uma vez os mesmo pertencem a uma linguagem coloquial muito utilizada no regionalismo.
Um dos traços marcates do livro é sua intertextualidade, já que a história inicia-se com o Trapiá - uma arvore que logo após iria se tornar um mucipio, onde o livro gira ao seu redor. Um livro de contos não tão muito complicado de se entender a mensagem principal, que pelo meu ponto de vista, é mostrar com simplicidade nas palavras como que os rurais vivem. Como é seu dia-a-dia, seu modo de falar, de vestir, de se associar aos que vivem proximos. O livro contém exatamente doze contos, e a cada conto a vontade de ler aumenta e quando se ver, já tem acabado essa grande obra...
Recomendo..
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