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Quincas Borba
(Machado de Assis)

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          Quincas Borba é o segundo romance da fase realista de Machado de As­sis, publicado em 1891. É um diálogo intratextual com a obra anterior _Memórias póstumas de Brás Cubas de 1881, repetindo-lhe personagens e situações.
          Machado de Assis, em seus romances, é exato e crítico na descrição das personagens e da vida social, utilizando-os como instrumento de denúncia dos valores burgueses, como crítica à corrupção, à hipocrisia, à moral aparente, focalizando criticamente suas principais instituições: o casamento. a herança, a política, a igreja.
         Quincas Borba é uma narrativa que mistura primeira e terceira pessoa, con­tada por um narrador onisciente, que descreve a vida de Rubião um ex-professor, que se torna rico e capitalista ao receber a herança de Quintas Borba, um rico filósofo, que vivia como mendigo pelas ruas de Barbacena, MG Junto com a herança em bens materiais, Rubião recebe de Quintas Borba a incumbência de cuidar, para o resto da vida, de seu cão, que também se chama Quincas Borba, e que se torna o único fiel companheiro de Rubião, em sua decadência final.
          Rubião enlouquece, perdendo a fortuna, enquanto falta-lhe a razão, morrendo pobre e só, vagando pelas ruas de sua cidade natal. Três dias depois, morre também, seu único amigo. o cão Quincas Borba, sob a indiferença dos homens e das estrelas.
          Esta obra de análise existencial, construída em 2O pequenos capítulos, cuja história gira em torno das contradições humanas e é elaborada através de ele­mentos dúplices que, mais que oposição, refletem a ambiguidade do ser humano.
          Quincas Borba pode ser lido, quase, como uma continuação do primeiro romance realista de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, com seme­lhante construção dramática: o questionamento entre vida x morte, realidade x fantasia, perenidade x inconstância, essência x aparência, homem x animal.
          As­sim como Brás Cubas é amigo de Quincas Borba, filósofo cujas idéias generosas vinham estranhadas com o delírio da loucura, morrendo em sua casa, Rubião tem o seu destino mudado pelo encontro com o mesmo Quincas Borba.
          Também como Brás Cubas, Quincas morre, mas só; o engraçado na estória é a presença do seu cachorro, um outro Quincas Borba que é o nome dado-lhe pelo dono, desencan­tado da vida. Parece que o cão representa a própria ironia do olhar machadiano durante todos os atos do patético personagem Rubião, seus devaneios pela condição de nouveau-riche e seus relacionamentos com as mulheres.



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