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Peças e engrenagens da ciência social
(Jon Elster)

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Obra de filosofia e metodologia das ciências sociais do teórico social e político norueguês Jon Elster, inventor do marxismo analítico. Elster acredita que o objetivo das ciências sociais - sociologia, antropologia, economia, política - é o estudo do comportamento humano em sociedade, que seria a causa, para ele, de todos os fatos e acontecimentos históricos que podem ser observados em uma determinada sociedade. Elster define essa visão como o pressuposto de que todos os fenômenos sociais podem ser explicados pela ação de indivíduos entre si, e que, por isso, além do estudo do próprio comportamento, é preciso saber quais foram as motivações do indivíduo para agir daquele modo, para fazer aquela escolha. Elster chama esse método de "individualismo metodológico", que não pode ser confundido com o individualismo moral e político, que Elster, como socialista, critica de um ponto de vista ético. Essas motivações seriam os "mecanismos" que seriam ativados no sujeito quando ele estivesse diante de um número de escolhas possíveis sobre aquilo que ele poderia fazer, e, deste modo, à análise das motivações (preferências), Eslter reune a análise das possibilidades de escolha (oportunidades) e a crença daquele que escolhe em relação às suas possibilidades de escolha. Talvez haja aí um eco da filosofia de Sartre, mas Elster alega que chegou às suas conclusões por meio da crítica a um outro paradigma de análise de comportamente, a "escolha racional", que reduz o homem a uma máquina instrumental de perseguição do auto-interesse, calculando friamente tudo. Talvez argumenta que a racionalidade instrumental, a escolha de meios adequados aos interesses egoístas, é mais um mecanismo que explica as razões da escolha e da ação do homem. Ao longo do livro Elster estuda um amplo conjunto de mecanismos, que ele divide entre aqueles que explicam as ações individuais e aqueles que explicam a interação entre os indivíduos; evidentemente, os segundos são mais complexos que os primeiros e os pressupõem. Entre os mecanismos da ação, Elster chama a atenção para dois, em especial, as emoções e paixões que nos impelem impulsivamente, e as normas sociais, leis que nós obedecemos (e queremos que os outros obedeçam) voluntariamente, sem uso de coerção, e, portanto, formas de conduta compulsória. Entre as interações, Elster chama a atenção, em especial, para as consequências não-intencionais de um comportamento, enquanto que explica muito bem os mecanismos de ação coletiva, uma forma de interação cooperativa entre todos os indivíduos de um grupo (como partidos políticos), e as instituições, mecanismos de imposição de regras compulsórias, utilizando inventivos positivos ou coerções para regular o comportamento do indivíduo (ex: Estado, empresas, exército, judiciário, etc.). Enfim, Elster analisa a mudança social de várias esferas da vida social, da inovação tecnológica às revoluções políticas. Elster é muito claro e conciso, ilustrando os mecanismos com exemplos hipotéticos, históricos e literários, demonstrando que sabe muito bem do que está falando, e estabelecendo bases sólidas para as ciências sociais.



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