Correio SUL
(Antoine de Saint-Exupéry)
"Um céu puro como água banhava e revelava as estrelas.Depois a noite. à luz da lua o Sahara desdobrava-se duna por duna.Sobre nossa cabeças, uma luminosidade de lâmpada, ...
A noite: esta morada... Como, porém, acreditar na nossa paz?"
A narrativa poética de Saint-Exupéry nos leva pelos caminhos escaldantes do Sahara, nos tempos heróicos dos pilotos que faziam a linha aérea do Correio França-América do Sul, nos primeiros aviões de longo curso: "Correio precioso, correio mais precioso que a própria vida. Sim, pois dele se alimentam trinta mil amantes... Paciência amantes! Nós vos alcançaremos no calor da noite." acrescenta Exupery ao lema da Companhia enquanto singrava os céus comandando os precários aparelhos na solidão da noite.
Toulouse, Barcelona, depois Agadir, até Dakar, sobre o nada escaldante das areias do Sahara:
"nalgum ponto do céu um motor roncava: Desde Toulouse até o Senegal procurávamos ouví-lo."
Numa dessas travessias o autor caiu - e depois escreveu sua obra mais conhecida: O Pequeno Príncipe:
É preciso saber ouvir com o coração - sua poesia simples e intensa prende o leitor e o conduz por aventuras ao interior da alma enquanto narra a paisagem, os pequenos fatos do cotidiano, mas, e principalmente, o intenso sentir de cada momento, transformando a vida em um espetáculo a ser degustado vagarosamente, intensamente, transformando momentos em eternidade dentro de nós.
É preciso viver com o coração - é a grande lição que nos passa a leitura atenta desta obra magnífica.
A saga de seu amigo Bernis e seu tumultuado relacionamento de amor com Geneviéve, suas viagens, suas desditas, a queda e o pernoite no forte entre lembranças e reminiscencias entre Paris e Buenos Aires, passando pela inesquecível Casablanca- onde contávamos o tempo por horas- em uma viagem surreal pelo interior do homem, desnudado na solidão da carlinga do avião mergulhado na vastidão noturna de uma viagem interminável pela rota épica do Correio Sul.
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