Violência contra a mulher
(Marlise Vinagre Silva)
Violência contra a mulher – Marlise Vinagre Silva
Resumo de Lual
A busca pela compreensão, no plano teórico-político, para melhor contribuir no processo da superação, refletindo e empreendendo ações no combate à violência contra a mulher.
A temática feminina apresenta cinco concepções: a conservantista (posição inferior ao homem, desigualdade considerada natural); a liberal (liberdade, igualdade, fraternidade – a inferioridade da mulher é conseqüência da desigual oportunidade entre homens e mulheres na educação e no trabalho, onde se reivindica igualdade de direitos legais); a marxista-dogmática (fundada nas contribuições de Marx e Engels – a “questão feminina” entra nas preocupações da luta de classes; a feminista radical (privilegia a questão específica da mulher em relação às questões gerais e, também, pretende alcançar total autonomia em relação ao homem); e a feminista socialista (onde as análises dos movimentos feministas procuram contribuir para desvelamento da realidade de subordinação da mulher nas diversas formações sociais).
Nessa última temática, a autora se propõe a contribuir para a compreensão político-científica da temática da violência contra a mulher, vencendo as barreiras da ignorância e cumplicidade, lançando sementes de esperança na construção de novas relações sociais.
Tem-se destacado a questão da violência contra a mulher na relação conjugal com significativa incidência devido o tratamento da instituição policial, que, normalmente, considera o problema decorrente de conflitos interpessoais apenas, remetendo de volta à esfera privada, gerando uma nova violência.
Problemas conseqüentes do patriarcalismo, onde prevalece o poder do sexo masculino sobre o feminino numa relação de dominação-exploração. Trata-se de uma estrutura de poder baseada na simbiose patriarcado-racismo-capitalismo, referenciando crenças, sentimentos, discursos, práticas sociais.
Há divisão sexual do trabalho mediante à designação da mulher para a reprodução e do homem para a produção, revelando desigualdade entre ambos na participação na produção e na reprodução.
A delegacia policial – unidade do órgão estadual responsável pela segurança pública: preserva a ordem e garante os direitos do cidadão. No entanto, a atividade policial, normalmente, protege os indivíduos de bem e defende a propriedade privada, longe de garantir a segurança de todos os cidadãos. Lamentavelmente, seus agentes continuam desqualificados para o exercício técnico de suas atividades. Isto gera insegurança e incredibilidade.
Diariamente, a instituição policial é procurada por mulheres que vivem a violência no contexto familiar. E o que encontram como resposta são o descaso e a omissão, resultando num caso frustrante e humilhante. Elas são submetidas à conformação, sob o ponto de vista ideológico dos grupos sociais hegemônicos. Ideologia dominante: supremacia masculina e, conseqüentemente, inferioridade feminina.
A expressão “violência contra a mulher” não se limita apenas à ocorrência de agressões físicas ou sexuais. Mas também, a procedimentos negativos, desde a educação diferenciada à depreciação da mulher.
A mulher além de sua capacidade natural de ser mãe, tem, também, um potencial que a possibilita assumir atividades econômicas e políticas fora do lar.
Em 1981, cria-se a Casa da Mulher no Rio de Janeiro, onde se desenvolve atividades de saúde e sexualidade. Além de vários eventos promovidos por feministas do Rio de Janeiro e São Paulo, a comemoração do dia internacional da mulher (8 de março de 1979, em São Paulo), contribuindo assim, na solução da problemática da mulher.
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