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Violência Constante
(Diego C. Oliva)

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Violência Constante


Nós, seres humanos, somos predadores naturais, nossa anatomia está aí pra provar, os olhos na frente da cabeça, por exemplo, servem para perceber melhor a distância da presa. Porém, diferentes de todos os outros predadores presentes na natureza temos direcionado nossos instintos assassinos para uma presa incomum: nós mesmos!

Como já disse o sábio, “o homem é o lobo do homem”, e nada poderia ser mais verdadeiro, nada no mundo ameaça a sobrevivência de nossos filhos, nada exceto nós mesmos ou alguma de nossas criações.

Diariamente, a cada nova edição do jornal vemos assaltos, assassinatos, estupros, guerras e cada vez com mais requintes de frieza e crueldade.

Tem se tornado rotineiro ler sobre pais que matam seus filhos, filhos que matam seus pais, crianças sofrendo torturas dentro de casa, incesto, espancamento, enfim, podemos dizer que a violência faz parte de nossas vidas hoje em dia.

Mas porque isso acontece? Porque só o Homem é capaz de caçar e violentar o seu próprio semelhante? Qual é afinal o nosso problema?

Somos também as únicas criaturas que se afastaram do Estado de Natureza para viver em uma sociedade de relações e interações um tanto quanto duvidosas, Rousseau diria que éramos bons por natureza e que a sociedade nos corrompeu, eu diria que isso já é exagero, mas tem seu fundinho de verdade.

Ao nos afastarmos da natureza negamos nossos instintos de predadores, nossa violência animal ficou trancafiada dentro de nós, sufocada sob as leis da sociedade, mas ás vezes ela escapa e extravasa seus anseios, sua sede de sangue.

Ainda assim, isso não explica a crueldade crescente que vemos diante de nossos olhos, não é suficiente para compreendermos infanticídios e torturas que recentemente viraram manchetes nos nossos jornais e chocaram à todos, ou pelo menos à maioria.

Não sei quanto a vocês, mas para mim a reação de certa parcela da sociedade foi mais chocante do que o próprio crime cometido.

Enquanto alguns pretensos justiceiros buscavam justiça com as próprias mãos, outros, esses sim os mais assustadores, enxergaram a barbaridade acontecida como uma oportunidade de lucro!

A reconstituição do crime da menina Isabella, por exemplo - que por sinal já saturou a mídia, mas isso é outro assunto – se tornou um verdadeiro espetáculo circense, com direito a barraquinha de pipoca e tudo mais.

Será que estamos nos tornando seres tão frios a ponto de não nos importarmos mais, de não nos chocarmos com a crueldade que nos cerca? Será que estamos assistindo demais os filmes de Quentin Tarantino que acabamos entrando num deles sem perceber, bem, eu como fã devo dizer que mesmo pra ele, estamos começando a passar dos limites por aqui.

Diego C. Oliva, 22 anos, Estudante de Ciências Sociais, Técnico em informática desempregado, Escritor nas horas vagas e pretenso Jornalista.



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