Resumo de O Fruto é amargo. Porem seu efeito é doce

ANDIROBA

Seu nome científico Carapa guianensis uma árvore da família das Meliaceae. O nome deriva de "andi-roba", a palavra tupi-guarani que refere as sementes desta árvore e que significa gosto amargo. seu nome científico é Carapa guaianensis e Carapa procera (há pequenas diferenças entre as duas espécies).
De sua sementes ou amêndoa, extraí-se um óleo que pode ser usado medicinalmente apesar de serem bem amargas em doses pequenas, sua cor é amarelo-claro e extremamente amargo. Quando submetido a temperatura inferior a 25°C, solidifica-se ficando com consistência parecida com a da vaselina. Contém substâncias como a oleína, a palmitina e a glicerina. Possui propriedades anti-sépticas, antiinflamatórias, cicatrizantes e inseticidas.
Popularmente, o óleo é utilizado para contusões, inchaços, reumatismos e cicatrizações, esfregando-se sobre o local machucado. Como repelente, há quem passe o óleo sobre a pele e quem queime o bagaço. A vela que está no mercado é feita com o bagaço. Deve ser acesa de manhã e à tarde, na hora em que os mosquitos começam a atacar. Na indústria cosmética, usa-se o óleo em sabonetes, xampus e cremes. É óleo é tido como remédio para calvície. Também funciona bem como solvente natural. Usa-se também como reconstituinte celular da derme, eliminando inflamações e dores superficiais tem ação purgativa na eliminação de vermes. A madeira é de excepcional qualidade para pisos, sendo conhecida internacionalmente como Crabwood, considerada madeira de lei.
Possui vários nomes populares, andirova, angirova, carapa, purga-de-santo-inácio, esse nome dá-se em razão do seu chá ser um belo purgante. Pertence a família das Meliáceas a mesma do cedro, canjerana, mogno e cinamomo, com as seguintes características: Árvore de grande porte, que chega a atingir 30 metros de altura. O fuste (parte que vai do solo aos primeiros galhos) é cilíndrico e reto. A casca é grossa, tem sabor amargo e desprende-se facilmente em grandes placas. Copa de tamanho médio e bastante ramosa. A inflorescência é uma panícula (espécie de cacho). As flores têm cor creme e o fruto é uma cápsula que se abre quando cai no chão, liberando de quatro a seis sementes. Floresce de agosto a outubro na Amazônia e frutifica de janeiro a maio. Porém, há muitas variações dependendo da região. É nativa da Amazônia, ocorre na América Central, América do Sul, Caribe e África tropical. No Brasil, em toda a Bacia Amazônica, principalmente nas regiões de várzeas e áreas alagáveis ao longo dos igapós. Também é encontrada no Pará até a Bahia.
Em condições naturais, as sementes perdem o poder de germinação rapidamente. Para manter a viabilidade, a melhor forma de armazenamento é em câmara seca ou úmida, acondicionadas em sacos plásticos. As sementes são plantadas sem nenhum tratamento em recipientes individuais, contendo substrato rico em matéria orgânica e em ambiente semi-sombreado. A germinação acontece entre 25 e 35 dias depois da semeadura. Em seis ou sete meses, as mudas estão prontas para ir ao campo, onde o desenvolvimento é rápido. Uma praga o ataca é a lagarta Hypsipyla Grandela, Zeller, ataca a gema pical da andiroba quando plantada em adensamentos, da mesma maneira como ocorre com o Mogno genuíno (Swetenia Macrophyla) e com o Cedro Brasileiro (Cedrela Fissilis).
Principalmente por não ser uma planta muito forte as chuvas fortes e derrubadas estão pondo em risco a sua sobrevivência. Pelos usos medicinais e qualidade da madeira, seu risco de extinção preocupa. Quando plantadas em adensamentos, a gema pical costuma ser atacada pela praga das meliáceas - que também atrapalha os plantios do Cedro brasileiro e do Mogno - a lagarta da Hypsipyla Grandella, Zeller; isto ramifica o fuste, atrapalhando o uso da madeira. O provável controle da praga, num breve futuro, deve tornar o cultivo da andiroba bastante lucrativo; alguns passos nesta direção já estão sendo conseguidos em plantios no interior paulista.

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