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Fábulas
(Esopo; Antônio Carlos Vianna (tradutor))

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Tudo que se sabe sobre Esopo (620-560 a.C.) poderia ser considerado mais como lenda que história propriamente dita. A maior parte do que se conta sobre a sua vida é baseada em relatos de outros escritores antigos. Das versões sobre a vida de Esopo, uma delas conta que ele era um escravo grego liberto pelo último dono, Xanto, porque este ficou encantado com as fábulas que contava. Apesar de corcunda e gago, Esopo teria um grande dom para contar histórias. Talvez tenha adquirido tal dom depois de viajar pelo Egito, Babilônia e Oriente. Assim como Sócrates, não escreveu livro algum, mas as suas fábulas passaram a fazer parte da cultura oral grega. Em 325 a.C. foram reunidas por escrito por Demétrio de Falera, para a famosa Biblioteca de Alexandria.

Fábulas são pequenas histórias que geralmente trazem animais, deuses ou homens em alguns conflitos em que podem se mostrar sábios ou tolos, bons ou maus e que trazem um ensinamento moralista ao final. Pode-se dizer que a famosa “moral da história” tem em Esopo um dos seus usos mais antigos.

As fábulas de Esopo foram citadas por Heródoto, Aristófanes, Platão, Apolônio de Tiana, Liev Tostói entre outros. Alguns escritores até mesmo adquiriram fama por pesquisar e reescrever as suas histórias, como Fedro e La Fontaine. Algumas fábulas se tornaram mundialmente conhecidas e fazem parte da educação infantil em vários países há vários anos. Algumas que, no Brasil, são conhecidas e reinterpretadas geração após geração, são:

A TARTARUGA E A LEBRE
Uma tartaruga e uma lebre discutiam para saber quem era a mais veloz. Por isso, combinaram uma data para uma corrida e um local aonde deveriam chegar. No dia certo, partiram. A lebre, que contava com sua rapidez natural, não se preocupou com a corrida. Caiu à beira de uma estrada e adormeceu. Já a tartaruga, que se sabia quão lenta era, não perdeu tempo e, deixando a lebre dorminhoca para trás, venceu a aposta.
O talentoso com preguiça perde para quem enfrenta a liça.

A FORMIGA E O ESCARAVELHO
Era verão. Uma formiga percorria o campo fazendo sua provisão de trigo e cevada para o inverno. Um escaravelho admirou-se por vê-la tão agitada; enquanto ela estava assim atarefada, os outros animais se divertiam. A formiga não disse nada. Mais tarde, porém, quando veio o inverno e a chuva destruiu os estercos, o escaravelho foi até ela e pediu um pouco do que ela tinha guardado. A formiga respondeu-lhe:
- Amigo escaravelho, se tivesses trabalhado no tempo em que meus esforços não suscitavam senão teus sarcasmos, agora terias alimento.
Quem foi irresponsável em tempo de abundância chorará em tempo de penúria.

A CIGARRA E A FORMIGA
Era inverno e as formigas botaram para secar os grãos que a chuva molhara. Uma cigarra faminta lhes pediu o que comer. Mas as formigas lhe disseram:
- Por que tu também não armazenaste tua provisão durante o verão?
- Não tive temo – respondeu a cigarra –, no verão eu cantava.
As formigas completaram:
- Então agora dance.
E caíram na risada.

O PASTOR BRINCALHÃO
Um pastor que levou suas ovelhas para pastar em uma aldeia distante gostava de fazer a seguinte brincadeira: gritava “os lobos estão atacando!” E clamava pelo socorro dos habitantes locais. Duas, três vezes, os moradores ficaram com medo e fugiram da cidade, para depois voltarem rindo. Mas os lobos terminaram atacando de verdade. Como estavam devorando os carneiros, o pastor gritou por socorro. Os moradores pensaram que fosse mais uma brincadeira e não lhe deram nenhuma atenção. Foi assim que o pastor perdeu seu rebanho.
Ninguém acredita no mentiroso mesmo quando diz a verdade.

O ASNO E A CARGA DE SAL
Um asno carregado de sal atravessava um rio. Um passo em falso e ei-lo dentro da água. O sal então derreteu e o asno se levantou mais leve. Ficou todo feliz. Um pouco depois, estando carregado de esponja às margens do mesmo rio, pensou que se caísse de novo ficaria mais leve e caiu de propósito nas águas. O que aconteceu? As esponjas ficaram encharcadas e, impossibilitado de se erguer, o asno morreu afogado.
Algumas pessoas são vítimas de suas próprias artimanhas.

Outras fábulas serviram de inspiração para histórias infantis criadas posteriormente, como o cisne que bota ovos de outro em “João e o pé de feijão”, ou o asno disfarçado com uma pele de leão em “A última batalha”, ou do rato que tira um espinho da pata do leão e granjeia a sua proteção, só para citar algumas. Ao todo, o livro Fábulas de Esopo (L&PM, 2007) traz 352 fábulas atribuídas a Esopo, traduzidas por Antonio Carlos Vianna. Um livro que vale a pena ler para recordar das histórias que você ouvia quando criança, para saciar sua curiosidade sobre o surgimento de algumas fábulas contemporâneas ou até para retirar os seus filhos um pouco da frente da tevê, videogueime e pc. E cada fábula traz uma lição de moral que fala diretamente à alma, provocando a reflexão profunda no leitor, que somos obrigados a concordar com a afirmação de La Fontaine: “Acho que deveríamos colocar Esopo entre os grandes sábios de que a Grécia se orgulha, ele que ensinava a verdadeira sabedoria, e que a ensinava com muito mais arte que os que usam regras e definições.”



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