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Mentes inquietas. Num planeta obsessivocompulsivo
(Carla Novo)

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No artigo esta doença  é caracterizada e analisada como a doença dos rituais.
Segundo a quarta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-IV), esta perturbação deve-se a uma situação crónica que apresenta obsessões e ou compulsões e manifesta-se durante uma hora por dia, atingindo tanto o doente como os familiares, trazendo desconforto e sofrimento.
Como obsessões podem-se considerar as ideias ou pensamentos persistentes que invadem a mente do doente.
Melhor dizendo, estes pensamentos agem contra a vontade do individuo e causam ansiedade. O doente nota algum desconforto mas não consegue controlar-se.
Por sua vez, as compulsões são comportamentos que se repetem várias vezes sem conta. Estas acções podem ser executadas mentalmente, como por exemplo repetir frases, contar, repetir palavras em silencio e tem como objectivo minimizar a ansiedade que o indivíduo sente. O doente executa a compulsão a fim de reduzir o sofrimento causado pela obsessão.
Perante este panorama, a solução para este problema, será o tratamento que , dizem os especialistas, terá uma taxa de sucesso que ronda os 75 por cento.
Assim, o tratamento da perturbação obsessivocompulsivo é de fazer com que a ocorrencia dos episódios obsessivos seja reduzida bem como os rituais compulsivos.
A psicoterapia a utilizar, tal como noutras psicopatologias, é a administração de anti-depressivos ( sendo as doses mais elevadas do que um doente depressivo).
A medicação pode ser administrada durante 10 a 12 semans até o doente começar a sentir melhoras.
Podem ser também consideradas as sessões psicoterapeuticas aliadas à terapia familiar e também à terapia de grupo como uma boa medida a tomar para obter resultados. Em termos de numeros, estes tem vindo a aumentar, sendo a perturbação obsessivocompulsiva a quarta perturbação psicológica mais frequente.
Estima-se que até ao ano 2020 esta doença esteja entre as 10 causas mais importantes de doença, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde.



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