Vida e Obra de Antônio Francisco Lisboa - O Aleijadinho 
(Sylvio de Vasconcelos)
  
Vida e Obra de Antônio Francisco Lisboa - O Aleijadinho     Antônio Francisco Lisboa nasceu em Vila Rica, filho de Manuel Francisco Lisboa.
  Tendo registro de batismo aos vinte e nove dias de agosto de 1730...filho de Isabel, escrava de Manuel Francisco Lisboa.
  O pai nascido em Lisboa, se transferiu para Vila Rica já adulto e com boa reputação profissional. Era carpinteiro.
  No período de formação de Antônio Francisco, entre 7 e 15 anos de idade, seu pai esteve encarregado de construir o palácio dos Governadores de Vila Rica.
  Antônio Francisco desde criança inclinou-se mais para trabalhos artísticos do que técnicos como os preferidos de seu pai.
  Há indícios de ter  Manuel Francisco Lisboa admitido o filho como colaborador em seus contratos desde os 15 anos de idade.
  Com a morte do pai, Aleijadinho foi considerado seu herdeiro natural no campo profissional.
  Já adulto, com méritos reconhecidos e recursos suficientes ingressa na Irmandade de São José, patrono dos carpinteiros, e em Vila Rica composta de homens pardos como ele.
  Em 1777, Antônio Francisco teve um filho com a escrava forra Narcisa Rodrigues da conceição.
  Este filho casou-se com Joana de Araujo em 1800, tendo um filho com o nome de Francisco de Paula.
  A vida pessoal de Antônio Francisco caracterizou-se por complexidades que com o passar do tempo o tornou menos alegre, mais inquieto e conturbado por problemas íntimos, ao mesmo tempo em que adquiria grande êxito profissional..
  Não mais se limitando a detalhes ornamentais, começa a conceber obras grandiosas que abrangem fachadas inteiras em seu próprio complexo arquitetônico.
  Seus trabalhos mostram crescente domínio do desenho e requintado controle da execução.
  Antônio Francisco principia a sobrepor o divino ao humano, o mítico ao real e o complexo à singeleza.
  Dois específicos eventos devem ter contribuído bastante para alterar sua personalidade: a morte se seu pai e enfermidade constituída em 1777. Sendo esta registrada ´´Tanta preciosidade se acha depositada em um corpo enfermo que precisa ser transportado a qualquer parte e atarem-se-lhe ferros para poder obrar.``
  Antônio Francisco perdeu todos os dedos dos pés, do qual resultou não poder mais andar, senão de joelhos. Os das mão atrofiaram-se e curvaram-se, mesmo chegando a cair, restando-lhe somente os polegares e os índices. As fortíssimas dores o levaram, por vezes, ao excesso de cortá-los ele próprio. Servindo-se do formão com que trabalhava.  
  Na década de 80, restringe-se bastante em número as atividade de Antônio Francisco.
  Escasseia-se o trabalho na região, esgotam-se as minerações, e o ambiente é de apreensões, de revolta e pobreza.
  Envelhecendo entre dificuldades e aflições, torna-se mais amargo e irritadiço, tendo seu retrato na época traçado como ´´era pardo, escuro, tinha a voz forte, a fala arrebatada e o gênio agastado, a estrutura era baixa, o corpo cheio e mal configurado,  o rosto e a cabeça redondos, e esta volumosa, o cabelo preto e anelado, o da barba cerrado e basto,a a testa larga, o nariz regular e algum tanto pontiagudo, os beiços grossos, as orelhas grandes e o pescoço curto.``
  Nos últimos anos de sua vida, Antônio Francisco ensimesmou-se, tornou-se de trato difícil, nervoso e exigente.
  Procurando melhor clima para sua saúde ou preservando-se de desgosto, evita Vila Rica e refugia-se na pequena arraial de Espera.
  Transfere-se depois para Congonhas do Campo.
  Quando já lhe pesava a idade e o afligiam a decadência e o sofrimento, que sua arte se eleva à culminância nunca antes atingida, para consagrar-lhe a brilhante carreira.
  São trágicas suas últimas figuras; suas cabeças ampliam-se desproporcionadamente e coroam corpos em posições difíceis..
  Sua temática inclina-se para o sofrimento e a ira.
  Insiste em representar os membros isolados e estigmatizado de São Francisco de Assis.
   Em curiosas coincidências no tempo, com o esquartejamento e exposição do corpo de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
  Depois, pobre e cansado, sem o apoio do filho que dele se afasta, volta para Vila Rica.
  Antônio Francisco, que só a criar belezas se dedicara, passa seus últimos dias abandonado de todos, sem recursos e sem amigos.
  Morre aos 18 de novembro de 1814 em Vila Rica.Fonte:  Vida e Obra de Antônio Francisco Lisboa - O Aleijadinho.Sylvio de Vasconcelos 
 
  
 
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