Resumo de Bases GEOMORFOLÓGICAS DO BRASIL

A geomorfologia do Brasil apresenta atualmente: 1- terrenos em geral bastante estáveis; 2- a massa continental sofre os efeitos das mudanças de crosta que são mais intensos nos litorais; 3- movimentos epirogenéticos prolongados, lentos e sem efeitos catastróficos acentuado o abaulamento e os abatimentos do relevo; 4- temos linhas de falha sujeitas a movimentos de acomodação das camadas subjacentes devido a pressões internas, empuxos externos, "marés de terra", movimentos isostáticos, etc. 5- as formas continentais atuais são diferentes das do passado e continuam sofrendo alterações seja pela ação natural a que o planeta está exposto, ou ação do homem. O Brasil já foi formado por uma série de grandes ilhas que se interligaram por efeito da constante sedimentação derivada do efeito erosivo das chuvas, dos rios, ventos, etc. Os domínios geotectônicos da América do Sul em que o Brasil está inserido são: Leste - ocupa metade da superfície do continente Americano - são áreas formadas por rochas pré-cambrianas sobre as quais se acumularam sedimentos das eras paleozóica e mesozóica, com pequeno tectonismo; desde o Siluriano reage a movimentos epirogenéticos e deformações locais com abaulamentos e falhas. Oeste - cadeia dos Andes, imenso dobramento recente (cenozóico), onde no mesozóico havia as geosinclinais que foram soerguidas a grandes altitudes com intenso vulcanismo. Planícies - do Pampa, do Chaco, do Beni-Mamoré e do Acre, os "llanos" da Colombia e Venezuela com subastrato ativos de tectonismo de falha.O Brasil está na área "cratônica", ocupando as bacias do Pantanal e Amazônica. Origens do Planalto Brasileiro - no pré-cambriano ainda não estava formado. Foi na era primária ou paleozóica que a bacia amazônica, do Paraná e Maranhão-Piaui começaram a se definir e a área que rodeava o escudo começou a ser preenchida pelos sedimentos (erosão, transgressões e regressões marinhas) dando origem a atual configuração do planalto. A metade sul do escudo brasileiro após a última transgressão marinha passou por um processo de dessertificação seguido por vulcanismo de falha com lavas basálticas (bacia sedimentar do Paraná) criando uma nova depressão tectônica (oeste de São Paulo, sul do Mato Grosso do Sul, Trângulo Mineiro, SO de Goiás) -serie Bauru. De um modo geral o planalto brasileiro que ocupa uma área de 5 milhões de km², apresenta terrenos bastante rebaixados com altitudes moderadas; não temos "serras", mas sim 'cuestas' - as escarpas esculpidas dos dobramentos e falhas antigas.O fenômeno das invasões marinhas atingiu as bacias do Parnaíba, Amazônica e Paraná, além de termos fundos de mar nas bacias do São Francisco, Corumbá, do Itajaí; todas elas passaram por tectonismo provocando falhas. A bacia do Paraná se estende por países vizinhos, ocupa uma área de 1.600.000km² e é a maior, com imensa espessura de sedimentos. No passado correspondia a um imenso golfo; no carbonífero houve glaciações;no triássico tivemos falhamentos e derrames basálticos. Temos ainda maciços antigos - planaltos cristalinos com áreas de rejuvenescimento como as "serras" do Mar e da Mantiqueira no planalto brasileiro; o escudo sul riograndense, sul das Guianas e sul Amazônico e Bolivio-Matogrossense-Gurupi. Há os planaltos sedimentares: no nordeste os tabuleiros, no sul as cochilhas, no centro oeste e São Paulo os patamares ou degraus. Sedimentação recente temos - 1- fossa da ilha de Marajó com 2000 metros de sedimentos empilhados; 2- Pantanal Matogrossense com ilhotas e níveis abaixo do nível do mar; 3- baixo Madeira com uma camada de mais de 600m de sedimentos abaixo do nível do mar; 5- Litoral - baixo e inundável ao norte; Nordeste - com escarpas e tendência do avanço do mar - com mais de 40km de recuo da linha de costa - os recifes seriam praias solidificadas; e a leste até o sul com áreas de emersão e outras de submersão.

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