Belchior - o Louco (Nos Meandros da Obsessão)
(Esse Capelli)
Belchior - o Louco é uma obra romanceada que retrata as questões da mediunidade e da obsessão, no seio de uma família de protestantes.
Desde pequeno, Belito, como era chamado na intimidade, via e ouvia espíritos (desencarnados) e repetia suas falas que eram sobre problemas familiares e de amigos. Conversava com os chamados "mortos". Todas as coisas que ele dizia ser fala deles, acontecia de fato.
Os pais de Belito ficavam atônitos e cada vez mais assombrados sempre que ele pressentia ou via fatos prestes a se consumar. O pai de Belchior resolveu se aconselhar com o pastor de sua igreja, sem sucesso. Belito piorava mais. Só melhorava um pouco e se acalmava com as benzições de Sinhá uma descendente de negros e índios que morava com eles desde os pais de Madeira (pai de Belito).
Sinhá foi embora, magoada com Madeira que repudiava suas crenças, o garoto agora não conversava com ninguém, não sorria, mas conseguiu estudar até terminar o Científico, apesar de esquisito.
Belchior agora adolescente voltara a sofrer crises mais fortes e não saía de casa, não fazia nada a não ser ler a Bíblia. Quando o pastor vinha orar e tentar convencê-lo a ir para a igreja, ele se mostrava bastante lúcido e interpretava a bíblia de outra forma apontando seus erros e crimes relatados.
Aconselhado pelo pastor protestante, o pai de Belchior o internara em uma clínica psiquiátrica. Tal clínica era dirigida por gente sem escrúpulos onde muitas maldades e abusos aos internos eram cometidos.
É difícil reconhecer os limites entre a sanidade e a loucura. Segundo a obra Belchior - o Louco, os clínicos tratam a todos que fogem aos padrões da normalidade convencional, como loucos (entupindo as clínicas psiquiátricas); e os centros espíritas a seu turno, tratam a todos os desequilibrados mentais, como obsidiados.
Por essas reflexões, conclui-se que o melhor tratamento para os chamados loucos seria a associação do clínico e do psicólogo com o tratamento desobsessivo, bastando para isso; romper o orgulho de uns e os conceitos preconcebidos de outros.
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