Jamelão NA REDE
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JAMELÃO
Foram mais de 70 anos de carreira, devidamente documentados em discos, fitas, partituras, manuscritos, jornais, revistas, pôsteres e fotografias. Do fim da década de 20 até pouco antes de morrer, em junho de 2008, aos 95 anos. Esse é um daqueles artistas que conseguia resistir o tempo e alegrar várias gerações, assim como a minha que anualmente acompanhava seus sucessos em LPs e depois de CDs, interpretando os samba de enredo da Mangueira.
Se você quisesse aborrecer Jamelão chamasse de puxador de samba. Era o suficiente para ele lhe mandar para bem longe, pois se achava ofendido.
Estou feliz ao tomar conhecimento de que Jamelão guardou tudo que podia sobre sua trajetória na música brasileira – das noites nos dancings cariocas ao reconhecimento como a voz da Mangueira.
Agora, sua memoriabília está agora sob a guarda de Jamelão Neto, que segue a carreira do avô e pretende recuperar este acervo para, uma dia, divulga-lo.
O que o rapaz de 28 anos quer é que ele permaneça vivo não só como o intérprete da escola de samba verde e rosa na avenida por quase seis década, de gênio forte e fama de mal-humorado.
Mas também o vozeirão dos samba-canções de Lupercínio Rodrigues, além de compositor de lindos sambas.
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