Sexo Ajuda a Evolução e Corrige Erros no DNA
(Gerson Ivan Klein)
Sexo ajuda a evolução
A variabilidade genética, desde que não cause efeitos colaterais ruins, pode ser uma mão na roda para a evolução. O sexo mistura as características genéticas de pai e mãe. Portanto, aumenta as chances de surgir uma combinação mais eficiente para a espécie, que vai ser selecionada. Na reprodução assexuada, só há mudança por acaso, quando há alguma alteração no DNA. Esses eventos são mais raros e arriscados, pois podem fazer surgir alguma alteração maligna para o organismo.
Sexo corrige erros no DNA
Se os genes dos pais são o rascunho, os do filho serão a versão passada a limpo. Se houve algum erro de DNA no pai ou na mãe, a mistura genética que surge com o sexo pode permitir que ele seja corrigido. Isso porque, na hora de produzir um descendente via reprodução sexuada, o DNA dos ancestrais dos dois lados é "recombinado" - eles trocam pedaços. O que estava errado em um pode ser consertado pelo "backup" do outro (o amor não é lindo?).
Em organismos que não fazem sexo, esse tipo de correção só é realizado pelos mecanismos internos de cada indivíduo. E, mais cedo ou mais tarde, principalmente com o envelhecimento ou com o estresse ambiental, tais salvaguardas falham.
Sexo ajuda a escapar de parasitas
A reprodução sexuada tem como principal objetivo misturar as características do pai e da mãe. E isso serve para muito mais coisas do que apenas estimular a corujice da família do bebê. A mistura genética aumenta as diferenças entre os indivíduos, e isso serve como um fator protetor para a espécie como um todo.
Os microorganismos que se reproduzem assexuadamente, por exemplo, apresentam bem menos diversidade genética. A mesma arma (ou remédio) que serve para atacar uma bactéria "mãe" é capaz de detonar as bactérias "filhas", que são pouco mais do que meras cópias da original.
Isso é muito mais difícil de acontecer entre humanos exatamente porque fazemos sexo. Na prática, a mistura genética confunde o parasita que está esperando para capturar um bebê recém-nascido. Se o causador de doenças já aprendeu a viver no organismo da mãe, precisa começar tudo de novo se quiser pegar o filho.
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