A Organização da Vida de Estudo na Universidade. IN: SEVERINO, Antonio
(rafa campos)
O texto fala fundamentalmente da atitude do aluno universitário frente a essa nova fase de sua vida acadêmica. Ao estudante que acaba de ingressar no ensino superior importa, antes de qualquer coisa, perceber a si próprio como responsável maior por sua própria aprendizagem. Importa abandonar qualquer hábito passivo que traga de sua vida escolar pré-universitária empreender uma maior autonomia na realização de seu estudo.
Uma noção essencial, a partir dessa compreensão, é a da necessidade de se montar um “arsenal” teórico pessoal, com o qual o estudante sinta-se armado para enfrentar todos os obstáculos que a vida acadêmica lhe oferece. Para tanto, faz-se imperioso a aquisição de uma biblioteca particular, algo ainda mais urgente na época atual em que, na grande maioria das faculdades nacionais, as aulas reduzem-se a apontamentos e a reproduções xerográficas estritamente necessárias de páginas ou capítulos de bibliografia recomendada. É preciso que se transmita às novas gerações de alunos o gosto pela formação de uma biblioteca pessoal. A partir daí, o estudante sentir-se-á inspirado a desenvolver uma forma individual de pensamento, não apenas como profissional, mas como pessoa.
Ao lado dos livros, outros instrumentos podem ajudar na escalada do aluno que busca a construção de sua aprendizagem. Alguns deles são:
A assinatura de periódicos especializados- através do que o aluno manter-se-á a par da vida intelectual e cultural atual e relevante ao campo de sua atividade;
A participação em acontecimentos extra-escolares, tais como simpósios, congressos, encontros, semanas etc. – onde entrará em contato com profissionais e colegas estudantes não apenas para troca de informações, mas também para a formação daquilo que no futuro poder ser uma rede de amigos e contatos da área, sempre útil no desenvolvimento de uma carreira profissional;
A elaboração de “fichas de documentação”- por quais serão tomados apontamentos em aulas, palestras, etc.- e cujas informações ajudarão a montagem de um quadro teórico amplo para consulta do aluno.
Um outro ponto abordado pelo texto é a interdisciplinaridade como pressuposto básico de toda e qualquer formação teórica. Na há disciplina isolada do resto do mundo, ou seja, o aluno deverá estar sempre “antenado” com o que está acontecendo a sua volta, e saber como interpretar as informações do mundo cotidiano de acordo com sua área de especialização. (Não é a toa que “Universidade” traz o universo como prefixo).
Por fim, o texto fala da necessidade de composição de um horário de estudo, não milimetricamente medido em horas e minutos, mas com um mínimo de parâmetros de forma que se possa aproveitar ao máximo o tempo disponível do aluno para o estudo.
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