O transistor – De um radinho de pilha as naves espaciais
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
O transistor – De um radinho de pilha as naves espaciais
Vale lembrar que em matéria de alta fidelidade em áudio o transistor não superou a velha válvula. Sem ele não haveria indústria de computadores, nem satélites, nem viagens espaciais. Criado como já vimos, nos laboratórios da Bell Telephone, EUA em 1947, valeu o prêmio Nobel a Shocley, Walter Brattain e Jonh Bardeen em 1956. Para os milhões de pessoas que compraram pela primeira vez um radinho de pilha, sabem que a premiação foi merecida. O princípio básico do rádio consiste em fazer com que uma onda eletromagnética, produzida por um circuito elétrico, transporte informações a longa distância através do espaço sintonizando um rádio receptor na mesma freqüência da emissora, é possível reconverter o sinal secundário em ondas idênticas que o produziram. Isso não seria possível sem a invenção da válvula eletrônica. Ainda no final do século passado, Thomas Edson o inventor da lâmpada, havia observado que uma faísca fluía através do vácuo entre um filamento aquecido e uma placa fria de metal. A descoberta ficou como simples curiosidade até que em 1897, o inglês JJ Thompson demonstrou que o efeito “Edson” era na verdade um fluxo de elétrons. Em 1906, Lee de Forest bolou o triodo, colocando uma rede situada entre os pólos catodo e anodo da válvula, tornando possível aumentar ou diminuir o fluxo de elétrons. Embora uma grande invenção, era grande e pesada demais, tornando os aparelhos de rádio uns enormes trambolhos, exigiam um certo tempo para começar a funcionar e consumiam muita energia, além de ser peça frágil. Em 1947, um grupo de físicos comandados pelos cientistas que citamos no início do texto, faziam experiências com uma amostra de um mineral chamado germânio ao qual fora acrescentando um pontinho de ouro. O princípio básico de que partiram era o de que a adição de certas impurezas a um material altamente purificado afeta a mobilidade dos elétrons tornando possível formar um dispositivo compacto em chamas de modo que uma pequena corrente, fluindo numa das camadas poderia ser usada para controlar uma corrente muito intensa, produzindo amplificação. A corrente, assim amplificada se torna cópia amplificada do sinal recebido. O transistor, embora sem a mesma qualidade da válvula na reprodução do som original, tem baixo consumo de energia, vida longa, maior resistência a choques e extraordinária redução no tamanho e peso. Em pouco tempo foi possível a construção de chips com milhares de transistores, capacitores e resistores concentrados no espaço de uma unha humana.
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