Crítica da Razão Pura
(Kant)
Na Critica da Razão Pura Kant procura responder à questão sobre o que é possível conhecer. Note-se a distinção feita por ele entre conhecimento e razão.
Para ele a sensação resulta da materialidade dos objetos afetando o espírito ou mente. Entretanto a materialidade da sensação não se diferencia de nada, não reúne condições para ser apreendida se nela não for introduzida a forma.
Cabe à sensibilidade esta inserção das formas que são o espaço e o tempo. entretanto estas formas são não empíricas.
Elas conferem ordenação ao empírico e são mesmo condições de possibilidade de sua apreensão.Elas já estão no sujeito e não nos objetos sendo a priori e puras.
A sensação configurada pela sensibilidade compõe a intuição empírica. Ela se diferencia do entendimento no tanto em que não tem a propriedade de gerar sensações e pelo fato de que se realiza de forma imediata.
O tempo como forma pura a priori está já em nossa mente. É inerente à sua dinâmica, tendo por isso uma prioridade sobre o espaço. Nada é percebido fora do tempo que entretanto é imutável e estático.
É sobre esse fundo estático que o que se move pode ser apreendido diferencialmente, pode ter um antes e um depois.
O que é percebido como mudança portanto, é percebido pela mente que possui a forma pura a priori do tempo.
Essa forma pertencente à sensibilidade introduz ordenamento na sensação compondo ou produzindo uma intuição.
Os conceitos de sensibilidade e de sensação são elaborados na Estética Transcendental que visa especificar a relação entre eles, seus componentes, sua produção e as consequências para uma concepção da lógica transcendental.
Esta lógica, ao estabelecer as unidades elementares presentes no conhecimento, toma a sensibilidade como um dos seus elementos juntamente com o entendimento e a razão.
Sobre a sensibilidade na forma de uma intuição são aplicadas as categorias resultantes da função do entendimento na formulação dos juízos.
Com isso Kant atende à sua questão sobre a possibilidade do conhecimento atendo-se a um critério de verdade que leva em conta uma referência ao conteúdo sensível, distinguindo-se por esse aspecto dos processos da razão que deste conteúdo pode prescindir.
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