Garantindo A QUALIDADE
(CROSBY; P. B.)
Para que perder tempo procurando, consertando e batalhando, quando se pode evitar um incidente? Determinadas convicções estão profundamente arraigadas e não podem ser modificadas com a simples sugestão de que estão erradas. É necessário induzir o conceito de que a qualidade é uma das partes primordiais da operação, igual em importância a todas as outras.
A qualidade é um catalisador de suprema importância, o que determina a diferença entre o sucesso e o fracasso, e o primeiro objetivo deve ser gerar uma preocupação com a qualidade que envolva toda a empresa. Isto significa o estabelecimento de requisitos absolutamente exatos a serem seguidos à risca, e que todos devam querer acertar desde a primeira vez. Tal preocupação precisa se tornar parte integrante da vida diária.
O “combate aos incêndios” deve ser substituído pela prevenção de defeitos, e o hábito de fazer a coisa certa desde a primeira vez deve se tornar rotineiro. Isso pode deflagrar uma revolução cultural dentro da empresa.
Um programa de qualidade, por exemplo, pode ser instituído de quatro objetivos:
- Estabelecer um competente programa de gerência da qualidade em todas as operações, tanto de fabricação como de serviço.
- Eliminar problemas-surpresa de não-conformidade.
- Reduzir o custo da qualidade.
- Tornar a empresa padrão de qualidade na cidade, região, país ou quem sabe, no mundo todo.
Esses objetivos, para serem alcançados, necessitam de um programa de qualidade. Um programa de qualidade, para ter sucesso, necessita de apoio de quatro pilares:
1. Participação, apoio e atitude da gerência.
O primeiro passo é romper com a “sabedoria convencional” de que o erro é inevitável, e de que as pessoas não se interessam por fazer um bom trabalho. A qualidade é conformidade com os requisitos, é mensurável, e o erro não é lei obrigatória da natureza. O que deve ficar patente desde o início é que as pessoas trabalham de acordo com os padrões de seus líderes. Se a administração crê que elas não se importam com a qualidade, elas não se importam mesmo. Os novos gerentes que ingressarem na empresa devem ser levados a sentir que a participação no programa de qualidade é coisa rotineira e esperada por todos.
2. Gerência de qualidade profissional.
Muitas vezes os elementos do setor de qualidade acham-se mergulhados nas operações técnicas e de manufatura, não tendo tempo para a discussão dos problemas, para o desenvolvimento e treinamento instrutivo. Todos os profissionais de qualidade devem entender os programas do mesmo modo.
3. Programas originais.
A criação de programas originais não é tarefa fácil. O ideal é que sejam aplicados em unidade por unidade da empresa. Alguns exemplos podem ser citados, como: Zero Defeitos em 30 dias, um Dólar por dia, Auto-auditoria de Qualidade Ambiental, Aferidor de Maturidade da Gerência de Qualidade, Melhoria da Qualidade em Serviços, Certifique-se, e vários outros.
4. Reconhecimento.
Este componente, vitalmente necessário em qualquer programa de qualidade, é muitas vezes ignorado, ou inadequadamente utilizado. A instituição de premiação, com os prêmios sendo entregues por ocasião de um jantar formal, pelo presidente ou membro da diretoria da empresa, é muito importante. Para muitos dos que recebem trata-se do momento mais importante de sua vida.
O desenvolvimento e a implantação dos quatro pilares do programa da qualidade podem significar a necessidade de viagens de milhares quilômetros, falar por milhares de horas e consumir toneladas de comida. Mas vale a pena, em função dos resultados positivos obtidos.
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