A MENINA DO CHAPEUZINHO VERMELHO - CONTOS
(PERRAULT)
Duas versões? Eu fico com a antiga: Era uma vez uma menina que tinha sua vovozinha. No futuro não vai haver, né? Para ir à cabana de sua avó levar frutas, flores e doces a menina tinha que atravessar o bosque e ficar alerta para não ser atacada pelo lobo mau. Este lobo mau resolveu um dia ir à cabana e fazer a vovozinha dormir, vestiu-se com a roupa da vovó e esperou na cama para devorar a menina do chapeuzinho vermelho. Ela chegou e desconfiou que não era sua avozinha e chamou os guardas da floresta que deram uma surra no malvado e reanimaram a velhinha. Fica por conta das fantasias infantis a lição a ser tirada. A versão bolchevista? Vamos lá: já que é chapeuzinho vermelho, o partidão oferece um prêmio (uma fitinha vermelha, né?) para mudar o enredo de um modo mais progressita. Então é a menina da calcinha vermelha. Não deixaremos de encaixar as estratégias de Marx, Engels e Gramsci, onde não há mais lobos maus, nem vovozinhas, mas apenas natureza solta e sexo livre. O "malvado" é apenas um "camarada" muito legal que a está esperando na cabana do bosque para "devorá-la". Ela já está avisada - relaxe e goze! Sai dali bem doutrinada contra os "pensamentos burgueses" e a educação antiquada de seus pais. Vão chamar mais amiguinhos e vão matar esses retrógrados reacionários com algumas pauladas. Claro que agora não é uma ficção. Já aconteceu. Lembram de Suzane e a familia Richtofen? Sei, você já está bem informado de que se trata de meninas mal informadas as que não aprovam a destruição desse mundo para acabar a moral, a família, a propriedade. Bem, está na hora de você optar. Eu prefiro a versão antiga.
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