As POMBAS E AS SERPENTES - FÁBULAS
(ESOPO)
Esopo repete estorinha da Babilônia, onde os pombos visitam o reino dos macacos na floresta e arrulham, fazem festas, pousam na mão dos macaquinhos e recebem alimento no bico. Depois os símios recebem as cobras que tentam picá-los, são frias e os deixam irritados e eles lhes dão pauladas. Quando se encontram na assembléia dos bichos respondem à pergunta sobre o reino dos macacos que são muito bons e amigos segundo as pombas e muito maus e inimigos segundo as serpentes. Conclui o narrador que cada um recebe dos outros o tratamento que ele lhes dá. Essa mesma estória é a do guru da fronteira que é procurado por comerciantes que vão ao outro lado pela primeira vez e lhe perguntam como é o povo do outro país; ele lhes pergunta como é o povo de onde eles estão vindo. Ante a resposta de que são bons e fazem bons negócios, ou que são maldosos e causam prejuizos, ele sempre diz: Pois pode ter a certeza de que vai encontrar ali muita gente desse tipo. Ao retornar, ambos agradecem dizendo que ouviram o aviso e assim conseguiram bons negócios. Quando os seus discípulos questionam como é que acertou com os dois, ele diz: Cada um está condicionado a ver os outros de um modo e vai estar propenso a ver somente esse comportamento. Pombas são sem maldade nos contos bíblicos (Noé recebe o galhinho de oliveira de uma pomba) e as serpentes são símbolo do mal a partir de "porei inimizade entre tua descendênca, Eva, e a da serpente". Jesus Cristo também diz a seus discípulos - sede inteligentes como as serpentes e mansos como as pombas. Mais um comentário fazemos agora para entender a Grande Física - Heisemberg traz o princípio da incerteza a partir do momento em que verifica que introduzimos alterações nos fenômenos quando os observamos, por exemplo, ao tentar medir órbita e comportamento de um elétron. Será que não é o mesmo que acontece com nossas avaliações e planejamentos no mundo econômico? Desde que Lord Keynes disse que o mercado se rege pelos desejos já devíamos ter entendido o que são os modismos, os vícios, as especulações. São fenômenos psicológicos e nossas projeções fazendo intervenções não vão trazer a felicidade a ninguém. Logo, deveríamos ficar na Economia com as Leis Universais de Verdade e reciprocidade para reger os negócios. É o que está acontecendo atualmente com os "Novos Capitalistas" que são os milhões associados em Fundos Investidores agora exigindo transparência nas empresas em que aplicam. Acreditamos que por esse caminho evitaremos os males da intervenção estatal que no fim é feita segundo os desejos dos ditadores que ali se intrometeram. Vamos aplicar o que as fábulas ensinam?
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