BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O limite e o respeito
(Alexandra Fernandes; Marcia Tiburi)

Publicidade
Falando de limites, independente de quais sejam: dos adolescentes, da velocidade, do uso da bebida alcoólica, das drogas, das leis, esbarra-se sempre no respeito.  Talvez não confiemos na possibilidade de que um limite seja a resposta para nossos problemas na educação, nos relacionamentos, pois nós mesmos não nos damos limites. Somos auto-indulgentes, auto-piedosos, sempre prontos a nos perdoar e a culpar os outros ( o problema-o inferno, segundo Sartre, são os outros). Isso fica transparente no que diz respeito às leis, onde não vemos vantagens dos limites para nós mesmos, só para os outros.
Os antigos viam o limite como a capacidade de auto-domínio, de controlar as emoções, de viver o meio-termo. Isso, permanece até hoje, se pensarmos de maneira ética. Todo limite é uma experiência que se forma na relação com o outro. Nesse espaço entre o "eu" e o "outro" o que entra é o RESPEITO.
 Se o limite é a experiência que permite saber até onde se pode chegar, a dor protetora que permite saber aonde não se deve ir, o respeito é a única de todas as experiências que não pode ter limite.
 Porque o respeito é o modo de olhar o outro como algo positivo, ver alguém que mesmo sendo próximo, carrega dentro de si algo que não pode dizer de si mesmo, e portanto é para mim, intócavel.
 A ausência de respeito pelo outro, e essa existe, é caracterizada pela figura do perverso, o anti-social. Ele, o perverso, é aquele que por algum motivo rompeu com o limite. Ele vive da crença de que é capaz de submeter o outro. No entanto, mesmo quando detrói o outro, não deixa de enganar à si mesmo. Ele vive da crença de que tomou posse de sua vítima, mas é apenas uma crença. O perverso, em momento algum, mesmo não respeitando sua vítima, chegará ao âmago daquela pessoa.
 Porque, na verdade, o limite é, no fundo, o lugar inatingível de cada um. E só.



Resumos Relacionados


- Psicologia I: Ciclo Perverso.

- Violência No Trânsito

- Cretinices Não Tem Limites - Na Terra Dos Sonhos Suicidas

- Por Que Não Devo Indicá-lo Como Um Cartão De Crédito Somente?

- Essencial



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia