A SANGUESSUGA E O TERAPÊUTA - fábulas e sátiras
(FEDRO)
A sátíra de Fedro refere-se a movimento para aumentar impostos:"Vós pareceis vermes ávidos para sugar sangue de quem não tem e alegais que assim resolvereis todos os seus males". Antes de prosseguir com a análise imaginemos a anedota do terapêuta que pilheriou com seus colegas perguntando se iriam mesmo fazer greve por três dias se não iam fazer um crime ecológico deixando as sanguessugas sem sua comida nesse tempo... Bem, se o fabulista romano já comparava os cobradores de impostos com esse vermezinho das águas paradas usado pela medicina antiga, que diria ele hoje com tantos impostos aqui no Brasil? Temos mais de três milhões de leis e disposições legais sobre tributos que no fim das contas cobram mais de quem não tem. A respeito de sugar sangue ainda há a piada do vampiro que aprendeu a usar as sanguessugas como ferramenta fingindo ser terapêuta e assim não parecer tão criminoso. Outra piada imagina a "anvisa" da época exigindo que os terapêutas usassem sanguessugas descartáveis para evitar que possíveis infecções pudessem ser transmitidas ao segundo paciente. Mais uma piada imagina uma sanguessuga treinada para fazer lipo-aspiração e daí repassar o produto para fazer bio-diesel. Outra piada imagina os bolchevistas exigindo estatizar as sanguessugas e utilizar o sangue para banco de transfusões. MEDICINA ANTIGA - a teoria médica antiga era baseada em que o sangue estava doente e em excesso, devendo ser retirado do corpo. Usavam ventosas, sangrias e aplicavam as sanguessugas com essa finalidade. No caso da sanguessuga ela não reconhece limitação a sua gula e o terapêuta devia medir o volume correto retirado. E OS IMPOSTOS? Se na época de Roma, Fedro comparava os cobradores de impostos com insaciáveis sanguessugas, hoje mais ainda essa limitação tem que ser exigida.
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